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Francisco Beltrão
quarta-feira, 28 de maio de 2025

Edição 8.214

29/05/2025

Alemanha é tetracampeã mundial e faz argentinos chorarem no Maracanã

Folhapress –

 

Mario Götze, acompanhado de Schürrle e Müller,
sai em disparada após o gol da Alemanha na prorrogação.

 

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Instantes antes de Mario Götze marcar o golaço que fez da Alemanha tetracampeã mundial de futebol, no segundo tempo da prorrogação, no domingo, 13/7, no Maracanã, o alemão Schweinsteiger deixou o campo sangrando, após um soco de Agüero numa dividida aérea. Medicado, o volante voltou aplaudido pela torcida. Na sequência, Schürrle fez ótima jogada pela esquerda, livrou-se de dois argentinos e cruzou. Götze, 22 anos, matou no peito e, sem deixar a bola cair, chutou sem chance para Romero.

Quando o italiano Nicola Rizzoli apitou o fim do jogo, formou-se uma montanha humana sobre Schweinsteiger, todos em cima do jogador que os brasileiros aprenderam a admirar, como a agradecê-lo pela valentia. A vitória alemã carrega consigo uma penca de símbolos. Pela primeira vez na história, um time europeu é campeão nas Américas. O país de Beckenbauer -e agora de Neuer, Müller, Lahm, Kroos, Hummels, Götze e Schweinsteiger – conquista pela primeira vez um Mundial com técnica e habilidade além da habitual eficiência alemã. Todos os títulos anteriores, em 54, 74 e 90, estiveram associados a um jogo de força e pragmatismo, em finais em que o outro era ou favorito ou mais inovador.

24 anos depois
Foi o primeiro título alemão após a reunificação do país, em 1990. A última conquista, naquele mesmo ano, ocorreu antes da oficialização, ocorrida em outubro. A chanceler do país, Angela Merkel, festejou com o time no vestiário do Maracanã. Pela terceira Copa seguida, a final foi para prorrogação. A Alemanha é a primeira a conquistar por três vezes a Taça Fifa, que a partir de 1974 substituiu a Jules Rimet como o troféu do campeão. Quando o capitão Lahm ergueu a taça, pouco antes de os presidentes Dilma e Blatter serem vaiados (ela xingada por muitos dos brasileiros entre os 74.738 torcedores) a festa estava completa. Schweinsteiger, com curativo no rosto, puxou a fila na subida às tribunas. 

Todos levantaram e beijaram a taça. Após saudarem a torcida, os campeões fizeram uma roda em torno da taça e, embalados por um “ô, ô, ô, ô” vindo da arquibancada (o refrão da canção “Seven Nation Army”, da banda White Stripes, que virou hino da torcida do país na Copa), dançaram algo desengonçados. Alguns acharam que parecia dança pataxó, dos índios com quem interagiram durante sua passagem pela Bahia. Quatro vezes eleito melhor do mundo, o argentino Messi foi eleito o melhor da Copa. Na decisão, esteve a maior parte do tempo apagado. Em sua melhor chance, aos 2 minutos do segundo tempo, foi lançado por Biglia, entrou sozinho e chutou rasteiro, para fora. Disse que o prêmio não lhe importava nada. 

Bela cartada
O técnico alemão, Joachim Löw, teve a ousadia premiada. Aos 31 minutos do primeiro tempo, o volante Kramer, substituto de Khedira – sentiu a panturrilha no aquecimento-, também saiu machucado. Löw pôs no lugar um meia-atacante, Schürrle. Os alemães, que era pressionados, cresceram. Schürrle não só fez a jogada do gol, como foi uma das melhores opções ofensivas do time. Outra substituição alemã foi Götze no lugar de Klose, aos 43 minutos do segundo tempo. O veterano atacante, 36 anos e 16 gols em Copas, que neste Mundial superou Ronaldo como o maior goleador, saiu ovacionado. O jovem atacante entrou e virou herói.

Já os brasileiros ajudaram a engrandecer o título alemão, ao sofrerem seu maior vexame em cem anos de seleção, a goleada no “Mineiraço”. Os sete gols dos alemães naquela partida ajudaram a fazer com que a Copa igualasse o recorde de gols marcados em Copas, 171, igual a 1998, na França. Enquanto os brasileiros ficaram marcados pelo descontrole emocional, aos alemães só restou comemorar. “Vamos festejar por pelo menos cinco semanas. Quando terminar a festa, vamos levantar sempre com um sorriso no rosto”, afirmou o goleiro Neuer, eleito o melhor goleiro do Mundial.

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