Esporte

Se eu conheço o repórter João Carlos Belmonte? Ora, quem é que, seja torcedor gremista ou colorado da minha geração já duplamente vacinada contra a Covid, não conhece, pelo menos de voz, o Belmonte? Obrigado, Itamar Pereira, por me emprestar o livro que você ganhou, escrito por esse consagrado repórter brasileiro, alcunhado gaúcho.
Belmonte formava o grupo de outras vozes respeitadas e admiradas que entravam direto em nossa região, como as de Armindo Ranzolin, Pedro Carneiro Pereira, Lauro Quadros, Rui Carlos Ostermann e outros que atuaram nas rádios Gaúcha e Guaíba dos anos 60 aos 90. É das transmissões de futebol daquele tempo que tiraram agora o nome do livro: “Fala, Belmonte!”.
Os textos do livro são curtos e objetivos, mas ensinam muito para quem quer ser repórter, seja de rádio, tevê, jornal, blog etc, etc. Repórter que quer sucesso profissional deve estar sempre ligado. Mais ouve do que fala. Até na hora do café, no hotel. Porque as grandes notícias surgem nos momentos menos esperados, como ele mostra em vários exemplos.
Uma combinação que deu excelentes resultados foi ele se profissionalizar numa área que gostava, o futebol. Por sua dedicação, sua persistência e, decerto, por ter uma boa estrela, por estar no lugar certo na hora certa, passou a integrar uma equipe famosa de emissoras também famosas. E sua condição de repórter de respeito lhe favoreceu para entrevistar com exclusividade e até tornar-se amigo de figuras lendárias do nosso esporte, começando pelo rei Pelé. E tantos outros, como Falcão e Renato Gaúcho.
Recomendo “Fala, Belmonte!” para todos que vivem de reportagem. Tanto para os jovens, que recebem dicas valiosas, como para os veteranos, que dizem “é por aí”, ou descobrem “ah, então foi assim!”.
Por Ivo A. Pegoraro.