Beltronense trabalha para chegar à seleção brasileira
Que atleta não almeja chegar à seleção brasileira no esporte em que pratica? Mas poucos têm oportunidade. O beltronense Felipe Baseggio chegou muito próximo a esse objetivo o ano passado, jogando pelo Fluminense, no Rio de Janeiro.
Jogando na categoria infanto-juvenil, Felipe participou dos treinos da seleção brasileira em Minas Gerais, mas não foi selecionado para o Sul-americano de basquete em Montevidéu (URU). Na posição em que joga, Felipe precisava ser mais alto. Ele tem 1,88m de altura e era um dos mais baixos da equipe. ?Tinha um pivô lá com 2,10m de altura. E da minha idade?, redorda-se o atleta.
?O Felipe é pedra fundamental no meu time. Tudo começa por ele?, diz o treinador do Fluminense, Marcelo Bunte. Mas para tentar conseguir uma vaga na seleção daqui a dois anos, na categoria juvenil, Marcelo vai mudar a posição de Felipe em quadra. ?Eu vou jogar armando mais as jogadas. Essa posição não precisa ser muito alto?, explica Felipe.
Já tem história no Flu
Jogando pelo Colégio N. S. da Glória, de Francisco Beltrão, Felipe foi um dos destaques dos Jeb´s (Jogos Escolares Brasileiros) em 2004. Seu potencial chamou a atenção do Fluminense. Felipe foi para o Tricolor Carioca quando tinha apenas 14 anos.
Nesse pouco tempo de clube, Felipe já fez história. Ele é o único infanto-juvenil da equipe que joga também no time juvenil, com os mais velhos. Em 2006, inclusive, ele fez uma sexta de três pontos que deu o título carioca ao Fluminense depois de 30 anos de espera. ?Faltando dois segundos para acabar a partida contra o Macaé, eu arremecei de longe e acertei uma cesta de três pontos. Se eu errasse ia ganhar esporro?, lembra-se Felipe.
A última vez que o time juvenil do Fluminense havia vencido o carioca foi quando o jornalista Pedro Bial ainda era atleta do clube. Felipe conta que no dia do título, Pedro Bial comemorou muito com os atletas no ginásio.
Boa estrutura
Desde que chegou no Flu, o beltronense Felipe recebe uma bolsa no Colégio Santa Mônica e tem todos os seus gastos custeados pelo clube. O Fluminense oferece academia, fisioterapia, psicólogo. ?Nós treinamos quatro horas por dia. Duas vezes por semana temos físico e academia nos outros dias?, conta Felipe.
Este ano o clube carioca conseguiu patrocínio para efetivar o time profissional. ?Isso é bom, porque futuramente vamos ter oportunidades de jogar no profissional?, diz Felipe.
