
Com menos de 4 mil habitantes, o município de Bom Jesus do Sul está ensinando muitos municípios do Sudoeste a gerir o esporte nos estabelecimentos de ensino. O Colégio Estadual Bom Jesus foi o grande destaque da fase regional dos Jogos Escolares do Paraná (JEPs), que terminou quinta-feira, 14, em Capanema, com os 20 municípios do Núcleo Regional de Educação de Francisco Beltrão. No quadro de medalhas montado pelo JdeB, o colégio do diretor Laíde Cabral ficou em primeiro lugar com 14 medalhas de ouro, 12 de prata e 10 de bronze, o que representa mais que o dobro do segundo colocado, o Colégio Estadual Padre Réus, de Pérola D´Oeste, que também esteve em destaque e também pertence a um município com menos de cinco mil habitantes.
Francisco Beltrão, que é o maior município do núcleo, ganhou medalhas na fase regional com seis estabelecimentos de ensino: Colégio Alliança, Colégio Nossa Senhora da Glória, Colégio Estadual Mário de Andrade, Colégio Sesi, Colégio Estadual Vicente de Carli e Colégio Estadual Dr. Eduardo Virmond Suplicy. E somando todos eles, o número de medalhas de ouro chega a apenas 13, um a menos que o Colégio Estadual Bom Jesus.
Mas Bom Jesus do Sul tem mais um estabelecimento de ensino em destaque: o Colégio do Campo Quinze de Novembro, que ficou em sexto lugar no quadro de medalhas com quatro de ouro e uma de prata. “Nós conseguimos 41 medalhas para Bom Jesus do Sul. Isso que neste ano tivemos um número baixo de participação dos alunos, por causa da paralisação dos professores. Normalmente, a gente leva para os jogos cerca de 150 alunos e, desta vez, tivemos apenas 90. Temos 800 alunos, é um índice muito alto de participação”, comenta o professor de Educação Física do colégio, Oclésio Agatti.
Segundo ele, o ensino em tempo integral, implantado há quatro anos, tem dado grandes resultados no esporte. “Depois que foi implantado o ensino em tempo integral, conseguimos mais aulas de tênis de mesa, xadrez e atletismo, que foram as modalidades que trouxemos as medalhas nos Jogos Escolares”, acrescenta Oclésio, que está bastante otimista para a fase macrorregional. “Ano passado fomos muito bem, conseguimos passar para a fase final com mais de 20 atletas.”
O forte dos dois colégios de Bom Jesus do Sul foi nas modalidades individuais. “A gente sabe que nas coletivas é mais difícil. Mesmo assim, estamos trabalhando um time de futsal aqui, que mais para frente vai beliscar alguma coisa também”, almeja Oclésio Agatti.