Clube de Pato Branco será o primeiro do Sudoeste a disputar uma divisão do Campeonato Brasileiro. Entenda como funciona o campeonato, que reúne 68 clubes de todos os estados do país

Na reta final da edição 2021, a Série D desperta como nunca a atenção dos sudoestinos. Afinal de contas, no próximo ano, pela primeira vez, a região terá um representante no Campeonato Brasileiro. O Azuriz, de Pato Branco, será um dos 64 integrantes do certame. A seguir, o Jornal de Beltrão explica o formato de disputa e revela os prováveis adversários da Gralha.
Quem joga a Série D
A 4ª Divisão é a única com representantes dos 26 estados, além do Distrito Federal. O número de vagas é distribuído conforme o ranking de federações estaduais. Líder, São Paulo tem direito a quatro. Do 2º ao 9º colocado, são representados por três clubes cada. Nessa lista, está incluso o Paraná (5º). Na sequência até a 19ª colocada, ganham duas participações. O restante tem uma vaga assegurada, respectivamente. Os quatro rebaixados da Série C completam a lista.
A distribuição nos estados é definida pela entidade local. Em São Paulo, por exemplo, três das quatro vagas são destinadas aos melhores colocados no Campeonato Paulista. A restante é dada ao campeão da Copa Paulista – certame disputado no 2º semestre e que reúne equipes das três primeiras divisões do estadual. Embora tivesse uma competição nesses moldes até 2019 – a Taça FPF -, o Paraná atualmente faz a distribuição no Paranaense.
Formato de disputa
A 4ª Divisão foi criada em 2009 e nas sete primeiras edições o número de participantes variava entre 39 e 41. Em 2018, a Confederação Brasileira de Futebol (CBF) ampliou para 68 a quantidade de integrantes. O formato de disputa atual vigora desde 2020 e conta com uma fase preliminar. Nela, oito clubes das piores federações ranqueadas disputam um mata-mata. Através dele, quatro garantem vaga na fase de grupos. Na 1ª fase, as 64 equipes são divididas em oito chaves. Avançam os quatro primeiros de cada grupo, ou seja, 32 no total, para a etapa seguinte, de eliminatória. O momento mais importante ocorre nas quartas de final, quando oito clubes brigam pelas quatro vagas do acesso. Vale ressaltar que a CBF ainda pode mexer na configuração do campeonato para 2022.
Adversários do Azuriz
Embora tenha a fórmula alterada ao longo dos anos, a Série D mantém a mesma estrutura de divisão dos grupos da 1ª fase: são regionalizados. No caso dos times paranaenses, enfrentam adversários de Rio Grande do Sul, Santa Catarina e São Paulo. E com 58 dos times do próximo ano definidos, o Azuriz já sabe quem provavelmente enfrentará na 1ª fase: de São Paulo, Ferroviária, Inter de Limeira, Oeste e Santo André. Falta definir o campeão da Copa Paulista, que também participará da “dezona”; já Juventus de Jaraguá, Marcílio Dias e Próspera representarão os catarinense; o Rio Grande do Sul terá Aimoré, Caxias e São Luiz. Os conterrâneos são FC Cascavel e Cianorte, mas o panorama de outros estados pode mudar.
Outro cenário
Com as quartas de final rolando, a “D” deste ano ainda não definiu os promovidos à terceirona. Nove clubes que já asseguraram permanência na 4ª Divisão de 2022 podem conseguir o acesso nos próximos jogos e, portanto, darem lugar a outros times. São eles: ABC (RN), Aparecidense (GO), Atlético (CE), Campinense (PB), Caxias (RS) e Ferroviária (SP).
Classificados para a Série D 2022
Acre: Humaitá e Rio Branco.
Alagoas: ASA e CSE.
Amapá: A definir.
Amazonas: Amazonas e São Raimundo.
Bahia: Atlético de Alagoinhas, Bahia de Feira de Santana, Juazeirense e Jacuipense.
Ceará: Atlético, Crato e Pacajus.
Distrito Federal: Brasiliense e Ceilândia.
Espírito Santo: Real Noroeste.
Goiás: Anápolis, Aparecidense e Grêmio Anápolis.
Maranhão: Moto Club.
Mato Grosso: Ação e Operário de Várzea Grande.
Mato Grosso do Sul: Costa Rica.
Minas Gerais: Caldense, Pouso Alegre e URT.
Pará: Castanhal e Tuna Luso.
Paraíba: Campinense e Sousa.
Paraná: Azuriz, Cianorte, FC Cascavel e Paraná Clube.
Pernambuco: Afogados da Ingazeira, Santa Cruz e Salgueiro.
Piauí: 4 de Julho e Fluminense.
Rio de Janeiro: Nova Iguaçu e Portuguesa Carioca.
Rio Grande do Norte: ABC e Globo.
Rio Grande do Sul: Aimoré, Caxias e São Luiz.
Rondônia: Porto Velho.
Roraima: Náutico e São Raimundo.
Santa Catarina: Juventus, Marcílio Dias e Próspera.
São Paulo: Ferroviária, Inter de Limeira, Oeste e Santo André.
Sergipe: Lagarto e Sergipe.
Tocantins: A definir.
O que falta definir:
Amapá: o Trem foi campeão, mas o torneio foi impugnado e pode ser disputado novamente.
Espírito Santo: uma vaga (Copa Espírito Santo).
Maranhão: uma vaga (Copa Maranhão).
Rio de Janeiro: uma vaga (Copa Rio).
São Paulo: uma vaga (Copa Paulista).
Tocantins: uma vaga (estadual).