Secretário de Esportes, Fernando Misturini afirmou que, se o número de casos de Covid-19 cair e a vacinação avançar, campeonato pode retornar em setembro

Atletas, dirigentes e apreciadores do futebol amador de Francisco Beltrão vivem a expectativa para uma nova edição do Campeonato Varzeano ainda neste ano. Com a pandemia, o certame não foi disputado em 2020. A possibilidade do retorno foi tema do “Debate Esportivo” com Ademir Augusto, da TV Beltrão, na semana passada. Toninho Bugança, vice-presidente do Pinheiros, afirmou que, em caso de liberação da Secretaria de Saúde, a equipe participará da competição.
“Nem que façamos um campeonato diferente, com jogos só de ida na primeira fase”, defendeu. Na opinião do diretor do Guarani do Jacutinga, José Petri, o Varzeano deve ser retomado quando toda a população acima de 18 anos receber a primeirra dose da vacina da Covid-19. “Acredito que lá por setembro isso será possível. Podemos fazer um arbitral antes e, quando houver segurança, começamos o campeonato. Nem que terminássemos em 2022”, afirmou.
Sem cachê?
Os dirigentes afirmaram que, num iminente retorno, não renumerarão os atletas. “Será difícil pagar inscrição, comprar bola, pagar o churrasquinho, a cerveja. Pro campeonato sair, os atletas não poderão cobrar pra jogar”, diz Toninho Bugança. José Petri afirma que, por ser um time do interior, o Guarani terá mais dificuldade para entrar em campo. “Não dá pra fazer bingo, torneio, bailão. Dependemos mais disso do que de patrocínio. Todas as equipes não deveriam pagar. Afinal, é um campeonato amador, não profissional. Tem atleta que pede R$ 5 mil pra jogar”, critica. “Precisa haver bom senso dos atletas. É muito difícil conseguir patrocínio nesse momento”, disse Ozébio Nesi, do Ipiranga de Seção Jacaré, atual campeão da 1ª divisão.
Formato de disputa
Na última edição, o Varzeano teve 24 integrantes. No entendimento de Bugança, o certame não terá mais de 20 equipes se ocorrer em 2021. Para o dirigente, a fórmula de disputa ideal é dividir os times em grupos de quatro integrantes. “Os dois melhores jogam a 1ª divisão, os dois piores a 2ª. Aí vai para o mata-mata. Seria mais curto e permitiria a todos jogarem”. O dirigente do Guarani do Jacutinga concorda com a proposta. “Se eu fizer um time, preciso investir, mas ocorre que no papel pode ser bom e dentro de campo não funcione, já que todos estão parados. Então, um campeonato desse jeito possibilita um calendário maior”, disse José Petri.
Secretário alimenta esperança
Em entrevista ao Jornal de Beltrão, o secretário de Esporte de Francisco Beltrão, Fernando Misturini, afirmou que, se retornar em 2021, o Varzeano não terá presença de público. “O prefeito Cleber me deu respaldo para desenvolver essa questão. Tenho esperança de realizar o campeonato, mas vai depender do recuo da pandemia e do avanço da vacinação. Se houver competição, será diferente: em campos com alambrados, cercas e intervalo de 30 minutos entre um jogo e outro, para não haver contato entre as equipes.” E se no esporte profissional a via encontrada para o retorno das atividades foi através da testagem quotidiana, no amador o secretário reconhece a impossibilidade, mas garante um protocolo. “As equipes terão o compromisso de fazer o teste dos atletas com suspeitas de Covid-19”. Segundo Misturini, “se tudo ocorrer bem”, os primeiros jogos podem ocorrer entre setembro e outubro.