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quarta-feira, 28 de maio de 2025

Edição 8.214

29/05/2025

Elizeu Capoeira deve lutar em março de 2017

O beltronense se recupera agora da vitória contra o japonês Keita Nakamura e também da cirurgia que fez em um dos dedos da mão, resultado de uma luta acirrada.

 

Elizeu Capoeira vibra com a sua segunda vitória no UFC, contra Keita Nakamura (Japão).
Foto: Canal Combate

A vitória de Elizeu Capoeira contra o japonês Keita Nakamura, no UFC, em Portland (EUA), foi no dia 1º de outubro. Depois disso, o lutador beltronense voltou para Curitiba, passou por uma cirurgia no dedão da mão direita e passou essa semana em Francisco Beltrão, para rever amigos e familiares. Elizeu Zaleski dos Santos visitou também alguns veículos de comunicação para conceder entrevistas. Segundo ele, a próxima luta no maior evento de MMA do mundo deve acontecer em março de 2017. Não há informações sobre local e nem adversário.Agora o objetivo é descansar, se recuperar e depois voltar a se concentrar em um novo combate.

 

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JdeB – Como é para você receber o apoio de tanta gente aqui da região?

Elizeu Capoeira – Esse carinho que a gente recebe aqui do pessoal do Sudoeste, aqui de Francisco Beltrão, sempre é muito importante. Essa energia, eu sempre agradeço o máximo possível, sempre estou respondendo nas minhas redes sociais, tem o pessoal que manda mensagem de apoio, de carinho.

 

JdeB – E como foi lutar com um adversário japonês?

Elizeu – Os japoneses são muito disciplinados, eles são muito objetivos. O Japão é onde tudo começou, as artes marciais, onde aconteceu essa evolução do esporte. E quando se fala em um oponente japonês, pode ter certeza que vai ser uma luta de três rounds, é uma luta dura. São muito guerreiros mesmo, não desistem, é difícil de você encaixar um golpe que, muitas vezes, vá levar a nocaute.

 

JdeB – Essa luta foi decidida nos detalhes mesmo?

Elizeu – Praticamente nos detalhes, foi a questão mesmo de estar me sobrepondo a partir do terceiro round, e dominando um pouquinho mais. Ele teve um minuto e meio no cronômetro de dominância e eu consegui dominar o resto do tempo. No terceiro round, consegui dominar mais, consegui ganhar.

 

JdeB – E essa orientação veio dos seus treinadores?

Elizeu – Na verdade, os técnicos são basicamente tudo o que você precisa ali pra estar evoluindo dentro da luta e pra poder achar o ponto certo pra vencer a luta.

 

JdeB – Como está agora o seu histórico de lutas?

Elizeu – Foi a 16ª luta, eu tenho 21 lutas profissionais, e a terceira no UFC. Na minha estreia, perdi por decisão dos juízes, foi uma luta bastante equilibrada. Acredito que não tenha perdido a luta, foi uma decisão bastante contestada, mas enfim, estamos aí, com duas vitórias consecutivas.

 

JdeB – A notícia ruim é que você teve uma lesão na mão, né?

Elizeu – Isso mostra o quanto foi dura a luta, tive uma fratura no meu polegar direito, que quebrou em dois lugares, mas isso é decorrente mesmo ao impacto da luta por ser realmente dura.

 

JdeB – Volta a lutar em 2017 agora?

Elizeu – Os treinos eu acredito que já consigo voltar fazer umas movimentações daqui uns 45 dias, mas pra impacto são dois meses e, pra competir, só no ano que vem mesmo, acredito eu que em março.

 

JdeB – Você fez cirurgia?

Elizeu – Fiz tudo certinho, cheguei segunda-feira em Curitiba e já fui atrás do meu médico que tem a equipe que me dá o suporte, os ortopedistas. Na quarta-feira já fiz a cirurgia, e agora só recuperando mesmo.

 

JdeB – De onde é a sua família?

Elizeu – A minha família é do Pinheirinho, mas a gente tem sítio na Linha Hobold, onde eu nasci. A minha família é Ribeiro, Stumf e Zaleski também.

 

JdeB – Como é que surgiu o apelido Elizeu Capoeira?

Elizeu – Capoeira surgiu porque foi o meu primeiro esporte. Eu pegava o ônibus, quando estudava no Caic. Então, abriu uma academia de capoeira no ponto onde eu pegava o ônibus para ir pra minha comunidade, e o meu pai me matriculou. Eu sempre quis fazer uma arte marcial. E então desde daquela época, com 9 anos de idade, eu comecei a fazer a capoeira. Fiz caratê logo depois, mas me identifiquei muito com a capoeira. E quando eu migrei pro jiu-jitsu, o pessoal já me conhecia pelo meio da Capoeira, e começou a me chamar dessa forma.

 

JdeB – Como que é o teu dia a dia de treinamento?

Elizeu – O meu dia de treino começa às 10 horas da manhã, tem treino até meio-dia. Depois, à tarde, tem treino das 3 horas até umas 5 horas. E, à noite, começa às 7 horas, um treininho pra dar uma lapidada no que a gente sempre precisa estar fazendo, correção de alguns detalhes, assim até umas 9, 10 horas. A gente procura fazer esse treino um pouquinho mais tarde também pelo fato das lutas serem mais tardes. A gente faz nem que seja umas pequenas movimentações. Então chega a fechar de três a quatro treinos, depende do dia, depende a intensidade, tem que ter o descanso e a degeneração também.

 

JdeB – Como é a sua equipe de treinamento em Curitiba?

Elizeu – Na academia CM System, junto com o Cristiano Marcello, que é um antigo treinador de Chute Boxe, é um cara de grande nome dentro do esporte, junto com Marcelo Zulu, que foi um grande representante do Brasil na luta olímpica, e com Felipe Silva, que é a questão de muay thai, Rafael Carvalho, que é o meu preparador físico, é um cara que vem do caratê, que faz toda a diferença, e também treino capoeira lá com o Mestre Feijão, quando eu estou aqui em Francisco Beltrão.

 

JdeB – Treinar somente não basta, tem que ter também um acompanhamento de outros profissionais. É preciso cuidado com o corpo, com a questão nutricional, fisiológica, enfim. Você tem uma equipe à disposição?

Elizeu – Sim, hoje eu tenho um fisiologista que faz toda a parte de mapeamento, como que está a minha questão, meus níveis do organismo, e meu nutricionista que cuida toda essa parte. Então a nossa equipe é bem complexa mesmo, sempre tem alguns detalhezinhos que está bom e, na verdade, como a nossa comissão atlética é muito rigorosa na questão de doping, e o que você usa, às vezes é uma suplementação.

 

JdeB – Você tem agradecimentos de colaboradores?

Elizeu – Claro, gostaria de agradecer à distribuidora Detofol, que sempre está na parceria comigo, a Retífica Sanderson, do Mano Sanderson, a Smart Food, que sempre está na parceria com a gente, e agradecer todos os beltronenses pela torcida, por essa energia que me passaram. Podem ter certeza que fizeram toda a diferença pra todo o Sudoeste, pra todo o Paraná, e provavelmente vamos buscar mais um título e trazer mais orgulho aí pra nossa cidade.

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