Esporte

Hendecacampeão. Segundo os dicionários da língua portuguesa, o termo se aplica ao ato de ser campeão por onze vezes. E teve equipe comemorando essa quantidade de títulos na fase regional dos 66º Jogos Escolares do Paraná (JEPs), em Dois Vizinhos. Segunda-feira, 3, no Ginásio de Esportes Jirauzão, a Escola Estadual Cristo Redentor, de Nova Prata do Iguaçu, conquistou seu 11º ouro através do voleibol feminino, 12 a 14 anos.
O lugar mais alto do pódio foi garantido com vitórias nos três jogos disputados. A última, conquistada nesta segunda-feira sobre o CE Padre Anchieta, de São Jorge do Oeste. Sem muitas dificuldades, o elenco pratense conseguiu vencer os dois sets e comemorar mais uma classificação para a fase macrorregional, que acontecerá em Pérola D’Oeste, de 25 a 30 de junho.
Para o professor Josemar Fiorese, o Loli, uma série de fatores levou seu elenco a esse grande feito. “Sempre tivemos o apoio da escola, direção e pais, do poder público municipal e de toda comunidade. Tudo isso nos dá tranquilidade para trabalhar”, afirmou. O trabalho do técnico é bastante reconhecido regionalmente. Em 2018 a Associação Esportiva do Sudoeste do Paraná (Aesupar) o premiou por ter conduzido o time sub 14 por dois anos sem perder nenhum set.
Além da conquista do elenco de 12 a 14 anos, o professor Loli faturou o título da regional com as atletas de 15 a 17 anos, desta vez comandando o time do CE José de Alencar, de Nova Prata do Iguaçu. O time entrou para seu último confronto, contra o CE Doutor Paranhos, de São Jorge D’Oeste, já com o lugar mais alto do pódio garantido. A vitória veio por 2×0.
Voleibol em família
O jogo entre a CE José de Alencar e o CE Doutor Paranhos teve outro fator que chamou a atenção. Dentro de quadra, Bianca da Rosa Pietta sacava, recepcionava e atacava. Do lado de fora, na arquibancada, emocionada com o desempenho da atleta, estava a irmã Letícia da Rosa Pietta, que em 2012 foi eleita a segunda melhor jogadora paranaense do voleibol em sua categoria.
Dos 11 aos 17 anos Letícia, defendeu as cores de Nova Prata do Iguaçu em competições regionais e estaduais. “Ela foi meu exemplo. Muitas vezes eu estava torcendo por ela”, disse Bianca. Nestes sete anos, Letícia chegou a atuar em Curitiba e conseguiu uma bolsa de estudos para jogar em Maringá, porém, por motivos familiares, acabou desistindo de ir embora. “Hoje, quem se orgulha sou eu”, frisa Letícia.
E se nas quadras as duas não atuam juntas, na areia a história é outra. “Formamos uma dupla para jogar vôlei de praia. Como nós duas gostamos muito do esporte, tiramos nosso tempo livre para treinos. Fica tudo em família”, concluiu Letícia.