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Francisco Beltrão
terça-feira, 27 de maio de 2025

Edição 8.213

28/05/2025

Jefferson Piva: árbitro de Coronel Vivida desponta como assistente e VAR no Brasileirão

Aos 34 anos e com 15 de carreira, ele começou apitando em competições amadoras do Sudoeste. Jefferson tem na tia, a ex-árbitra Sirlei Piva, a maior inspiração

Jeferson Piva, de 34 anos, é vividense e foi árbitro de vídeo (VAR) no duelo entre Flamengo e Cuiabá, no domingo, 17. Foto: Arquivo pessoal 

Além de atletas e treinadores, o futebol do Sudoeste também revela árbitros. O exemplo do momento é Jefferson Piva, de 34 anos. Natural de Coronel Vivida, ele é formado em Educação Física e desde 2006 atua como árbitro assistente (o famoso bandeirinha) da Federação Paranaense de Futebol (FPF). Com quatro jogos para trabalhar por mês, ele concilia o apito com as funções de soldado do Corpo de Bombeiros na cidade-natal.

Domingo, 17, o vividense chamou a atenção no jogo entre Flamengo e Cuiabá. Atuando como árbitro de vídeo (VAR), participou da anulação do gol do rubro-negro Michael. Foi marcado impedimento do atleta Matheuzinho. A decisão foi só mais uma a ser contestada. Se por um lado jornalistas e torcedores enxergam na tecnologia a forma de tornar a modalidade mais justa, por outro defeitos são apontados, como a demora para as resoluções.

“O VAR ainda é um processo em evolução, tanto para nós, árbitros, quanto para o público em geral, mas com certeza deixa o futebol ainda mais justo.”
Do início no amador ao Brasileirão

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Antes de alcançar o profissionalismo, Piva foi árbitro em competições amadoras da região, como nos jogos do Estado. Em 2005, fez o curso da FPF e no ano seguinte estreou nas segunda e terceira divisões. Duas temporadas depois, veio o primeiro jogo na elite do Campeonato Paranaense. Os momentos mais importantes até aqui foram as decisões de 2014 (Londrina e Maringá) e 2016 (Athletico/PR e Coritiba). Em 2015, Jefferson foi indicado ao quadro da Confederação Brasileira de Futebol (CBF) e a estreia na Série A do Brasileirão veio no ano passado, num duelo entre os tricolores Bahia e Grêmio.

Celebridade em Coronel Vivida

Jefferson, o primeiro à direita, pronto para trabalhar em duelo do Brasileirão. Foto: Arquivo pessoal 

 

Enquanto atletas, treinadores e até mesmo dirigentes de futebol são tratados como verdadeiras celebridades, os árbitros se caracterizam por uma postura mais tímida em relação ao público. Mas num município, como Coronel Vivida, com 20 mil habitantes é natural que Jefferson Piva seja reconhecido por seu trabalho. “As pessoas me conhecem, mas nunca tive problemas. Sempre me tratam com respeito. Fazem uma brincadeira ou outra, mas dentro da educação.”

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Ele ressalta que nunca teve problemas por conta de uma decisão tomada no campo. “Tem gente que descobre o número de telefone do árbitro e faz ameaças, isso não aconteceu comigo. Com as redes sociais, nos orientam a ter cuidado, por sermos figuras públicas. Não existe proibição, mas uma orientação para cuidar com o que postar. Eu não tenho, então fico tranquilo.”

QI?
Jefferson Piva é sobrinho da ex-árbitra de futebol, Sirlei Piva. É no talento e na carreira da tia na qual vê a maior inspiração. E apesar do parentesco, ele refuta a ideia de que para ser bem-sucedido na área é necessário ter o famoso QI (quem indica). “Apenas com competência e muito trabalho você se tornará qualquer profissional bem-sucedido.”

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