
O número de atletas que disputam o karatê nos Jogos Abertos do Paraná, divisão A, na fase final, em Francisco Beltrão, aumentou 40% em comparação com a edição de 2014. No ano passado foram 80 atletas e nesta cerca de 200 de 14 municípios paranaenses.
As disputas acontecem no complexo esportivo da Unipar, no Bairro Industrial, em Francisco Beltrão. Há competições no masculino e feminino em várias categorias, individuais e coletivas. O técnico da seleção paranaense, Luiz Carlos Cadorin, destaca que a prática do karatê vem crescendo no Paraná porque várias prefeituras incluíram a modalidade nos seus projetos sociais e também no Brasil, o esporte vem crescendo.
“Deu uma alavancada, houve mudanças na maneira de organizar (as competições) e mais atletas estão disputando as competições, e o Paraná vem crescendo neste mesmo ritmo com o presidente da Federação Paranaense de Karatê, Aldo Lubes”, disse. O filho, Aldo Lubes Filho, é o coordenador das competições de karatê nos Japs.
Apesar do número de atletas ter crescido, conseguir patrocínio continua difícil para as equipes e esportistas.
Luiz Carlos comenta que “Infelizmente do sistema privado tá muito difícil, pela situação nacional e isso dificulta para os Estados e municípios também”, disse.
Ele acrescentou que o governo federal mantém o programa de bolsas – auxílio financeiro – para atletas. No Paraná, no entanto, o Governo do Estado conta com o programa de bolsas, mas o karatê não está contemplado porque ainda não considerado esporte olímpico. “Seria um avanço”, ressaltou.
Luiz Carlos destacou que a prática do karatê tem crescido porque há prefeituras que incluíram aulas de karatê nos projetos sociais. “O karatê é um esporte disciplinador, porque tem seus princípios filosóficos, de disciplina, de respeito e de ajuda mútua, e as prefeituras estão percebendo isso”, destacou.
Karateca de Pato Branco ganha medalha de ouro
A estudante e atleta Tayná Cavalheiro, 18 anos, da seleção de Pato Branco, ganhou a medalha de ouro no karatê, categoria sênior. Ela pratica o esporte desde os 3 anos de idade, incentivada por seu pai, Antônio Cavalheiro, que também se tornou seu treinador. “Comecei em casa, por influência dos pais”, conta a atleta, que é aluna da Unipar, de Beltrão. Tayná foi campeã, em sua categoria, nos Jogos da Juventude do Paraná de 2012, 2013 e 2014. Ela recebe patrocínio e com o dinheiro paga a faculdade.
Sua meta, para 2016, é ser incluída na seletiva que Confederação Brasileira de Karatê fará para escolher os atletas que vão disputar o Campeonato Sul-Americano de Karatê. Para se preparar à seletiva, ela fará treinamentos intensivos em janeiro e fevereiro.
Antônio Cavalheiro, que é o técnico de Tayná, diz que consegue separar “o momento de pai, técnico e amigo. No momento em que sou técnico não intervenho como pai, e com a filha também é assim”.
A fase final dos Japs conta, também, com o karateca Wesley Camargo, que disputou os Jogos Pan-Americanos de Toronto, no Canadá.