Após um ano de atraso, cerimônia de abertura aconteceu sem público.

Após adiamento de um ano, a cerimônia de abertura da Olimpíada de Tóquio aconteceu ontem, no Estádio Olímpico de Tóquio, na capital japonesa. Na abertura da 32ª edição dos Jogos Olímpicos, a tenista japonesa Naomi Osaka foi a responsável por acender a pira olímpica portando a tocha olímpica.“Seguindo os desafios, a primeira vez que uma Olimpíada foi adiada na história, os Jogos de Tóquio 2020 finalmente começaram ontem. As esperanças se conectaram uma a uma através de muitas mãos, de muitas pessoas, e agora estamos na posição de dar boas vindas para esse dia. Todo mundo sofreu e enfrentou enormes desafios por causa da Covid-19. (…) Depois de meio século, os jogos olímpicos voltaram para Tóquio, agora vamos fazer de tudo para que esses jogos se tornem uma fonte de orgulho para as gerações futuras.”
“Hoje é um momento de esperança, muito diferente do que todos nós imaginávamos. Mas vamos valorizar este momento porque finalmente estamos todos aqui juntos, com os atletas de 205 comitês olímpicos nacionais e a equipe olímpica de refugiados, vivendo sob o mesmo teto juntos na Vila Olímpica. Este é o poder de unificar que o esporte tem. É a mensagem de solidariedade, a mensagem de paz e de resiliência. Isso dá a todos nós esperança para nossa jornada futura juntos. Nós só podemos estar juntos por causa de vocês, povo japonês.”Logo após os discursos, o imperador Naruhito, autoridade máxima do País, declarou oficialmente aberto os Jogos Olímpicos de Tóquio 2020. Posteriormente, a bandeira olímpica foi hasteada ao lado da bandeira japonesa. Na sequência, o revezamento da tocha olímpica no estádio terminou nas mãos de Naomi Osaka.
Outros momentos da cerimônia
No início da cerimônia, a bandeira japonesa hasteada. Em seguida ocorreu a apresentação dos aros olímpicos iluminados por lanternas, importantes símbolos da cultura do país anfitrião.A cultura e tradição japonesas também ficaram evidentes na cerimônia, com dançarinos vestidos em homenagem aos bombeiros voluntários japoneses, uma tradição secular no Japão.Conforme a tradição, a Grécia foi a primeira delegação a desfilar no evento. Na sequência, tivemos o time olímpico de refugiados, formado por pessoas que não podem competir pelo país de origem.Logo depois, foi respeitada a ordem alfabética de acordo com o alfabeto japonês katakana e a grafia na língua do país. As exceções ficaram por conta das três últimas equipes a entrarem: Estados Unidos, França e Japão – que fecharam a parada das nações. A delegação brasileira foi a 151ª a se apresentar.
Brasil com 302 nomes
Dos 302 competidores brasileiros classificados para os jogos, apenas quatro (número mínimo exigidos pelo COI) desfilaram, medida tomada pelo Comitê Olímpico do Brasil (COB) visando a prevenção do contágio de Covid-19.O jogador de voleibol Bruninho e a judoca Ketleyn Quadros foram os porta-bandeiras do ‘Time Brasil’.
Bruninho e Ketleyn
O jogador de voleibol Bruninho e a judoca Ketleyn Quadros foram os porta-bandeiras do Time Brasil.Proibidos de competirem com a bandeira e o nome do país (nem o hino russo pôde ser executado) devido a punições por parte da Agência Mundial Antidopagem (WADA) e da Corte Arbitral do Esporte (CAS), os atletas russos desfilaram representando o Comitê Olímpico Russo (ROC, na sigla em inglês).
Após o desfile, foi a vez do juramento dos atletas, que acontece desde os Jogos Olímpicos de Antuérpia (1920, na Bélgica), prometendo competir de maneira limpa e justa.A cerimônia prosseguiu com uma atuação de artistas celebrando a diversidade e a inclusão nos Jogos Olímpicos. Além disso, drones formaram o símbolo da Olimpíada de Tóquio e um globo terrestre, acompanhada da trilha sonora Imagine, do cantor e compositor britânico John Lenon.