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Francisco Beltrão
sexta-feira, 30 de maio de 2025

Edição 8.215

30/05/2025

Marcelo Régis: ‘Não quero apenas fugir do rebaixamento’

O atacante beltronense foi um dos líderes do acesso e agora quer colocar o União na Série D do Brasileiro.

Marcelo Régis, 37 anos, vive expectativa de entrar em campo pela Primeira Divisão no Estádio Anilado, algo que não faz desde 2005, quando defendeu o Beltrão FC.

O atacante Marcelo Régis sabe da responsabilidade que tem em vestir novamente a camisa do Clube Esportivo União (CEU). Após ser um dos destaques do vice-campeonato da Segunda Divisão, o jogador diz que não quer apenas fugir do rebaixamento na Primeira Divisão em 2020. Ele almeja uma vaga na Série D do Campeonato Brasileiro, ou até mesmo um espaço na Copa do Brasil, para o clube de Francisco Beltrão.

“Eu sei como é jogar no time da cidade onde eu nasci. É bom ter amigos e familiares por perto, mas também é uma grande responsabilidade, porque a cobrança vem em dobro. Mas estou me preparando pra isso, acredito que, com o empenho de todos, podemos trazer muitas alegrias para o torcedor no Estádio Anilado”, comenta Marcelo Régis de Souza, hoje com 37 anos, mas com a vontade de um menino para entrar em campo.

A última vez que Marcelo disputou a Primeira Divisão do Paranaense em casa foi em 2005, quando o Francisco Beltrão FC chegou nas quartas de final, perdendo para o Coritiba no mata-mata. Nestes quase 15 anos, muita coisa mudou na carreira do atleta e muita coisa mudou no futebol beltronense. Mas são mudanças para melhor, a experiência trouxe benefícios para os dois lados.

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Quem é Marcelo Régis?
Nascido em Francisco Beltrão dia 8 de outubro de 1982, Marcelo Régis, 1,85 m, 84 kg, é jogador profissional de futebol desde 2001, quando, aos 18 anos, já disputava a Primeira Divisão do Campeonato Paranaense de Futebol pelo Francisco Beltrão Futebol Clube. Em 2002, a equipe beltronense conquistou o título da Segunda Divisão e Marcelo fez gol na final, sendo um dos destaques do elenco comandado por Jairo Scheid (em memória).

No segundo semestre de 2002, com apenas 19 anos, Marcelo Régis já estava jogando a Série A do Campeonato Brasileiro pelo Figueirense, que na época era treinado por Muricy Ramalho. O supervisor do Figueira era Dorival Junior, hoje renomado treinador do futebol brasileiro.

Em 2003, Marcelo Régis se transferiu para o Athletico Paranaense, com um contrato de cinco anos. Mas ficou apenas duas temporadas, pois não conseguiu espaço no time titular e acabou fazendo um acordo. Seu ponto alto no Furacão foi o título da Copa Sesquicentenário, competição que comemorava os 150 anos da Federação Paranaense de Futebol. Na final, contra o Coritiba, o atacante beltronense também foi destaque.

Em 2004, Marcelo foi emprestado para a Ferroviária de Araraquara (SP), conseguindo o acesso da Série A3 para a Série A2 do Paulista. Em 2005, quando rompeu seu contrato com o Athletico, o jogador seguiu para o Galo Maringá, na época comandado por Ivair Cenci, hoje gerente de futebol do Clube Esportivo União (CEU). Por causa de uma divergência com a diretoria, Marcelo foi emprestado para disputar o Paranaense pelo Francisco Beltrão FC, sendo mais uma vez destaque da equipe que ficou em quinto lugar na Primeira Divisão. Nesse mesmo ano, Ivair foi para o Oeste de Itápolis (SP) e levou o atacante junto, no segundo semestre.

Em 2006, ainda com seu passe vinculado ao Galo Maringá, Marcelo Régis foi emprestado para o Joinville, onde jogou o Campeonato Catarinense. Em seguida, em 2007, foi para o Santo André (SP). No segundo semestre, transferiu-se para o futebol alemão, atuando pelo FC Oberneuland. Voltou ao Brasil em 2008, para jogar no Atlético de Ibirama (SC), sendo o artilheiro do Catarinense com 14 gols. Uma curiosidade é que seu reserva imediato nessa equipe era o atacante Leandro Damião, hoje seu grande amigo fora das quatro linhas.

Dois gols em Rogério Ceni
Ainda em 2008, Marcelo Régis voltou para a Europa para jogar na Áustria, no FC Lustenau. No ano seguinte, o jogador retornou ao Brasil para atuar no Mogi Mirim, que na época tinha como presidente o craque Rivaldo, melhor jogador do mundo em 1999. Seu companheiro de ataque no Mogi Mirim era Giovani, ex-jogador do Santos e com passagem pelo Barcelona. Foi nesse ano que Marcelo Régis ganhou grande notoriedade, pois o Mogi Mirim venceu o São Paulo de Rogério Ceni por 2 a 0, com dois gols do atacante beltronense.

No segundo semestre de 2009, Marcelo Régis foi jogar a Série C do Campeonato Brasileiro pelo Brasil de Pelotas (RS). Em 2010, transferiu-se para o Uberlândia (MG) e, infelizmente, participou de uma campanha do rebaixamento. Mas voltaria para conseguir o acesso novamente. Em 2011, Marcelo Régis foi jogar o Campeonato Carioca pelo Resende, clube que defendeu por quatro temporadas, sempre citado como grande destaque no estadual.

Em 2012, Marcelo foi para o Fortaleza, que na época estava na Série C do Brasileiro, mas já tinha uma grande estrutura. Em 2013, o atacante ficou um tempo no XV de Piracicaba (SP) e logo em seguida se transferiu para o Volta Redonda, quando pôde jogar o Campeonato Carioca ao lado de jogadores como o atacante Josiel, ex-Paraná e Flamengo. Outro atleta bastante conhecido dessa equipe era o argentino Frontini, que passou pelo Santos e pela Ponte Preta.

Em 2014, Marcelo Régis voltou para o Resende, principal rival do Volta Redonda. Em 2015, o jogador retornou ao futebol mineiro para defender o Uberlândia, conseguiu o acesso e, de quebra, a artilharia do estadual com 11 gols.

Em 2016, Marcelo Régis foi defender a Caldense (MG), depois passou pelo Nacional de Minas e pelo Atlético Patrocinense, também de Minas Gerais. Em 2018, o jogador disputou a Segunda Divisão do Campeonato Carioca pelo Serrano, time presidido pelo narrador da ESPN Dudu Monsanto.

Volta para casa
Em 2019, após 14 anos fora de Francisco Beltrão, Marcelo Régis veio jogar a Segunda Divisão pelo Clube Esportivo União (CEU), conquistando o acesso para a elite e, de quebra, a artilharia do campeonato com 9 gols.

Agora já com seu contrato renovado para a temporada 2020, Marcelo Régis, com 37 anos, está preparado para a responsabilidade de manter o clube na Primeira Divisão e ainda tentar uma vaga na Série D do Campeonato Brasileiro. O estadual começa dia 18 de janeiro e o União estreia em casa contra o Athletico Paranaense, curiosamente um dos clubes mais marcantes da carreira de Marcelo Régis, um beltronense que sempre levou o nome de Francisco Beltrão para todos os cantos do Brasil e do mundo, pois sempre faz questão de falar de sua terra natal em qualquer entrevista que participa.

Marcelo Régis pode ser considerado um desbravador do futebol em Francisco Beltrão, pois foi um dos primeiros atletas beltronenses a jogar em grandes clubes do futebol brasileiro. Hoje, além de ser um apaixonado pela cidade, ele carrega a responsabilidade de estimular jovens meninos a seguir uma carreira de futebol, dando conselhos de atalhos importantes que são necessários para sobreviver em um mercado tão competitivo.

Marcelo Régis diz que, com o União em 2020, não quer “apenas fugir do rebaixamento”. 

 

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