Time de Fabinho Gomes precisa reverter quadro, sábado, 18, na partida que contará com a torcida no Arrudão. Duelo de sexta-feira foi marcado por ato de racismo contra o fixo Amadeu
O Marreco voltou de Umuarama em desvantagem. O time perdeu por 1×0, sexta-feira, 10, o duelo de ida da 2ª fase do Paranaense de Futsal da Série Ouro. O único gol da partida saiu aos três minutos do 2º tempo. Mura aproveitou a falha de Amadeu, que ao tentar passe no setor de defesa entregou a bola nos pés do adversário, que teve apenas o trabalho de tirar Ale Falcone da jogada.
O técnico Fabinho Gomes afirmou que foi um confronto equilibrado, onde as defesas se destacaram. “Nosso time foi bem. A falha individual custou a nossa derrota. Isso faz parte. A marcação predominou. O empate seria mais justo.”
Jogo da volta
Sábado, 18, às 20h, os clubes voltam a se enfrentar, dessa vez no Arrudão, em Francisco Beltrão. A diretoria do Marreco deve anunciar hoje, 14, como funcionará a venda de ingressos. O confronto, vale lembrar, marcará a volta da torcida ao ginásio. Certo mesmo, é que a capacidade liberada foi de 30% e que serão exigidas as duas doses da vacina contra a Covid-19.
Racismo
Nos segundos finais, uma discussão resultou nas expulsões de Café, do Marreco, e Lucas Carvalho, do Umuarama. Durante o incidente, o fixo Amadeu afirmou ser alvo de racismo por parte de um torcedor local. “Os torcedores começaram a me xingar, mas até aí tudo bem. Depois, um deles passou a cuspir em mim. Fui no mesário, avisei que isso não era certo, mas nada foi feito. O cara continuou me cuspindo e me chamou de macaco umas cinco vezes. Perguntei o nome dele às pessoas, ninguém queria me informar. Pensei que nunca fosse sofrer racismo, até pela minha cor, pois não me considero negro – minha mulher sim, ela é e já enfrentou isso.”
Com o responsável pelo ato identificado, Amadeu não conseguiu registrar o boletim de ocorrência no Noroeste do Estado – por conta do horário em que procurou a delegacia. Ele formalizou a queixa ontem, 13, já no Sudoeste. “ Quero que ele seja punido. Isso não pode ficar assim. Se ele fez comigo imagina o que ele faz com os funcionários dele ou qualquer pessoa.”
A diretoria do Umuarama declarou apoio a Amadeu e disse que reprova todo e qualquer ato de racismo. “A justiça vai investigar o que ocorreu. Nós compartilhamos a mensagem do Marreco nas redes sociais e repudiamos o racismo. Infelizmente, alguns engraçadinhos afetam a pessoa usando esse tipo de artifício. Somos totalmente contra”, afirmou o supervisor Marcos Paulo.
Regulamento
Fabinho Gomes lamentou o ocorrido e espera que o fato não traga para o duelo da volta um clima ameno entre os times. Para se classificar, o Marreco necessita vencer por qualquer placar para forçar a prorrogação, quando jogará por um empate para avançar.
Quem passar de fase encara o Foz Cataratas. O eliminado jogará o playoff do rebaixamento contra o Siqueira Campos.
