O técnico Nelsinho Bavier esteve ontem em Erechim (RS), onde acontece o Campeonato Mundial de Clubes, para tentar uma aproximação com a CBFS.

Desde o final de 2013, o Cresol/Marreco Futsal passou a sonhar com a Liga Nacional, a maior competição de futsal do planeta. Algumas tentativas foram feitas pela diretoria, mas sem sucesso, pois nesta disputa não há mérito, e sim uma certa influência entre os dirigentes das franquias. No ano passado, o Marreco recebeu uma proposta de aluguel da vaga do São Caetano, mas o valor era muito alto e houve uma recusa da parte dos beltronenses. A vaga acabou ficando com o Blumenau (SC).
No início de 2015, a diretoria do Cresol/Marreco Futsal chegou até a fazer uma proposta por uma das vagas (oferta de pouco mais de R$ 500 mil feita por um grupo de empresários), mas houve leilão pela franquia, que acabou ficando com o Cascavel. Mas nesta semana a equipe beltronense voltou a sonhar com a possibilidade de jogar a Liga Nacional de Futsal. Tanto que o técnico Nelsinho Bavier viajou ontem para Erechim (RS), onde acontece o Campeonato Mundial de Clubes da modalidade. A intenção da diretoria é que o comandante melhore o trânsito da equipe entre os organizadores da Liga.
“Estamos acompanhando os jogos e conversando com pessoas ligadas à competição. O Marreco precisa viver mais esse meio se quiser disputar a Liga, tudo gira em torno de contatos. Não tenho como garantir se vamos disputar a competição em 2016 ou não, mas a diretoria me disse que tem a intenção e estrutura pra isso”, comenta o treinador, que nem participa do jogo de sábado, 5, fora de casa, contra o Assaí. Ele foi liberado pela diretoria para representar o clube nessas negociações.
Paranaenses
Atualmente o futsal paranaense tem quatro representantes na Liga Nacional de Futsal: Umuarama, Guarapuava, Cascavel e Marechal. O futsal do estado tem evoluído bastante e o Cresol/Marreco Futsal mostra que tem estrutura para disputar a competição.
“Técnicamente fica difícil de comparar se com esse grupo que temos hoje conseguiríamos disputar a Liga, mas nosso time é muito bom sim, do nível de muitas que estão na atual edição. É preciso fazer um planejamento diferente, pois há o desgaste das longas viagens e os gastos com logísticas são ainda maiores”, afirma Nelsinho.
A diretoria calcula que os gastos com logísticas, entre viagens, hotel e alimentação extras, devem passar dos R$ 150 mil no ano. “Se a gente for disputar a Liga, precisa prever no orçamento esses gastos extras. Não é somente a folha de pagamento e essas outras despesas que temos hoje. É tudo para ser pensado. Mas por outro lado, seria uma grande exposição em mídia para os nossos patrocinadores, pois a maioria dos jogos é transmitida ao vivo pelo canal SporTV. E as notícias da competição giram o planeta”, comenta Ademilson Arendt, o Míssio, diretor do Cresol/Marreco Futsal.
