Esporte

Aos 25 anos, pela primeira vez, Oscar conseguiu um acesso no futebol. Há quatro meses, ele era um dos candidatos no peneirão promovido pelo Azulão no Estádio Anilado. Foi um dos dez selecionados e desde então uma série de acasos junto à competência do jogador têm colaborado para que ele desponte como um dos destaques da 2ª Divisão do Campeonato Paranaense.
Currículo
Oscar nasceu em São Paulo, mas começou a carreira no Amazonas. Das categorias de base de futsal de Nacional e Rio Negro – clubes tradicionais daquele estado -, se transferiu para o paulista E. C. São Bernardo e depois para o Mauaense (SP).
No profissional, defendeu Mauá (SP), Guarani (RS), Vocem (SP) e por fim o Mamoré (MG). Por conta de uma lesão seguida de uma cirurgia, a carreira do jogador ficou estagnada. O recomeço foi em Francisco Beltrão, no peneirão, em junho. “Havia uma certa desconfiança por conta de ter ficado um ano parado. Meu empresário, então, me apresentou essa oportunidade de teste no União e eu topei”,
relata.
Substituto à altura do ídolo da torcida
Nos planos do técnico Rafael Andrade, Oscar seria o substituto da principal referência do elenco, o atacante Marcelo Régis. Coincidentemente, o veterano também retornava de lesão, mas não teve a mesma sorte que o companheiro. Logo na estreia, diante do Verê, sentiu a contusão e deixou o gramado no 2º tempo. Desde esse jogo até sábado, 2, Oscar assumiu o posto e iniciou todos os jogos, exceto contra o Araucária, quando cumpriu suspensão.
Só que, apesar de quatro assistências, o destaque na 1ª fase foi outro: Vandinho, autor de seis gols. Foram nas partidas da semifinal, logo na fase mais importante do estadual, que Oscar decidiu. Em Apucarana, marcou o gol na derrota de 2×1, mas que futuramente se revelaria crucial para que a classificação ficasse no Sudoeste.
No Anilado, Régis era aguardado para começar entre os 11. Fato que se repetiu pela primeira vez na temporada. Mas a infelicidade de uma nova contusão, logo aos 20 minutos, tirou-o de campo. E se naquela altura saiu de campo aquele em que o torcedor depositava boa parcela de esperança, foi o substituto quem resolveu. Mais do que isso: Oscar entrou também para a história do clube.
“Eu sabia que entraria no segundo tempo. Foi um choque pra mim o problema do Marcelo e o fato de ir a campo antes”, reconhece.
Nas palavras do “matador”, os dois gols anotados credenciaram o União à 1ª Divisão e a carreira do jogador. “Foi a minha primeira conquista, de fato. Nunca havia passado por um momento como esse, de ser campeão ou conquistar acesso.”
Com contrato até o fim de outubro, o jovem ainda pode ir mais longe. Pode ser campeão paranaense. Ele revela o desejo de permanecer no Anilado em 2022. “Já fui sondado,, mas deixo isso para o empresário resolver”, diz.