Ontem, ele contou um pouco da experiência que está dividindo com mais quatro colegas.

Em média 20 quilômetros por dia é a distância que um grupo de beltronenses e catarinenses está percorrendo no Rio Grande do Sul. Os Caminhos de Caravaggio formam um percurso turístico-religioso que passa por cinco municípios gaúchos até completar uma caminhada de 200 quilômetros em dez dias.
Um dos aventureiros é o personal trainer Magnus de Sousa, responsável pelo quadro Mexa-se, todas as terças-feiras, na Rádio Onda Sul FM. Ontem, ele participou da programação ao vivo, estando no meio do caminho, e falou sobre a experiência. Também estão fazendo a caminhada as advogadas beltronenses Liliane Grunh e Kelly Cardoso e os catarinenses Mhanoel Mendes e Derci Wotmeyer.
“Estamos no nosso quinto dia de caminhada, nesse exato momento eu estou caminhando na beira da BR. Primeiro dia nós fizemos 35 quilômetros; segundo dia, 26, se não me falha a memória; terceiro dia foram mais uns 20; ontem foi praticamente 23. O clima aqui está por volta de 7 graus, nesse momento, o visual é lindo, pegamos bastante subida, bastante descida. Estamos saindo agora em direção a Nova Petrópolis. O dia está lindo hoje, céu bem aberto, não tem nenhuma nuvem, tá bem gostoso”, relatou Magnus.
Ao chamar os colegas para participar do bate-papo com o jornalista Marcelo Marcos, Magnus lembrou de questões importantes para se fazer uma longa caminhada, como o preparo físico e os equipamentos adequados. A advogada Liliane comentou sobre a dificuldade do percurso: “Ontem [segunda-feira, 21], eu achei o percurso bastante duro, tinha quilômetros de descida, depois uma subida de uns 15 km, duríssimo o percurso, mas muito bonito. No topo da subida, uma visão maravilhosa, deslumbrante, de todos os morros que nós contornamos”.
Os peregrinos têm apoio no decorrer do caminho, em hospedarias e outros locais, mas precisam levar comida, água, roupas e equipamentos em suas mochilas, o que também agrega dificuldade. “A condição física, a gente malha pra isso, mas equipamento é importante — descobri isso na caminhada —, caminhar com mochila é bem diferente do que correr com a turma que eu tenho, mas tá sendo muito prazeroso, diferente de tudo que eu já fiz e a paisagem é linda, uma experiência ótima”, disse Kelly Cardoso.
Apoio emocional
Mhanoel Mendes, psicólogo, e a terapeuta Derci Wotmeyer, a De, já são experientes em caminhadas de longa distância e, além da parte física, dão suporte emocional ao grupo. “Caminhar é uma coisa preciosa, né, significa que a gente tá vivo, tem duas pernas, dois braços, tem um corpo e a gente tá podendo usufruir dos benefícios desse corpo que nos acompanha nessa jornada. Não existe trecho ruim, tudo depende do estado da tua mente. O cansaço às vezes bate, mesmo tendo experiência, mas a experiência a gente conquista a cada dia”, analisou De, que é terapeuta.
“Existem muitos caminhos, o próprio Raul Seixas já dizia na música “Meu amigo Pedro”, né, ‘todos os caminhos são iguais, o que leva à glória ou à perdição, há tantos caminhos, tantas portas, mas somente um tem coração’. Então, existem muitos caminhos nesse mundo de Deus e eu acho que o mais importante é seguir o caminho do coração”, completou Mhanoel.
Os Caminhos de Caravaggio passam pelos municípios de Canela, Gramado, Nova Petrópolis, Caxias do Sul e Farroupilha. O trajeto de 200 km liga os santuários de Nossa Senhora do Caravaggio em Farroupilha e Canela.
