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Francisco Beltrão
quinta-feira, 29 de maio de 2025

Edição 8.214

29/05/2025

Presidente do Instituto Jeferson Bizotto avalia atividades do projeto em 2019

Ronaldo Bizotto viaja a cada 60 ou 90 dias para Brasília em busca de recursos para o projeto social que envolve quase 350 crianças.

Ronaldo Bizotto, presidente do Instituto Jeferson Bizotto, está otimista para ampliar ainda mais o projeto em 2020.

O Instituto Jeferson Bizotto desenvolve um projeto social muito interessante no CT Luz da Terra, em Francisco Beltrão. Quase 350 crianças praticam futebol gratuitamente em uma estrutura de primeiro mundo, com recursos da Lei de Incentivo ao Esporte e doações de empresários e de fiéis da Igreja Ministério Luz do Mundo. Para 2020, a ideia é ampliar ainda mais o projeto, que está transformando a vida de centenas de crianças beltronenses, com o apoio também da Secretaria Municipal de Esporte. O JdeB entrevistou o presidente do Instituto, Ronaldo Bizotto, que fez uma avaliação sobre o andamento do projeto.

JdeB – Como avalia o ano para o Instituto e para o CT Luz da Terra?
Ronaldo Bizotto – Nós tivemos um ano muito bom no Instituto. Acho que, de toda a história do projeto, é o melhor ano. Lógico que a gente sempre busca novas metas e objetivos. Foi um ano além das normalidades. Além das atividades rotineiras no Instituto, tivemos avanços significativos. Chegamos a um patamar de 350 crianças, realizamos a 1ª Copa Instituto Jeferson Bizotto. Isso é um trabalho de toda a equipe, professores, psicólogo, assistente social, diretoria, membros da Igreja Ministério Luz do Mundo, empresários de Francisco Beltrão e região, que estão dando essa sustentação para nós. Só temos que agradecer a todos por este ano muito positivo.

Tem previsão de ampliação do projeto para 2020?
A gente sempre tem novas metas de ampliação, só que tudo isso gera custos. Em Francisco Beltrão, temos duas situações que estamos avaliando, pois não depende apenas de nós, mas também da Secretaria de Esporte, pois temos projetos aprovados na Lei de Incentivo ao Esporte. Também temos uma emenda parlamentar, que nos foi concedida pelo deputado Sandro Alex, hoje chefe da Secretaria de Infraestrutura do Paraná, para fazermos um investimento, porém é tudo feito com um plano de trabalho. Estamos avaliando junto com a Secretaria de Esporte esse plano de trabalho. Temos a intenção de ampliar, de chegar a 380 a 400 crianças em 2020, porém depende de equipe técnica, estrutura e transporte.

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É possível perceber mudanças nas crianças que participam do projeto?
Com certeza temos muitas mudanças que aconteceram dentro do projeto, não tenho nenhuma dúvida disso. Se a gente for conversar com pais de alunos, vamos perceber que são mudanças significativas. São mudanças de comportamento, alimentação, educação, na forma de agir com os professores, de como estudar, enfim. É plantada uma forma de vida para eles com atenção para o respeito com as pessoas, para que eles aprendam a conviver em sociedade. A gente ensina a buscar os objetivos, independentemente do resultado, para que venham a ser no dia de amanhã pessoas que lutem pelos seus sonhos. Durante a competição que realizamos este ano, participaram crianças de vários municípios, como Salto do Lontra e Nova Prata do Iguaçu. Alguns venceram e a maioria perdeu o título. Mas buscamos trabalhar na cabeça deles que na vida não é possível vencer sempre, que é preciso trabalhar com as nossas expectativas. Vai haver os dias de vitórias e os dias de derrotas, o importante é nunca baixar a cabeça. Outra mudança que podemos observar é a questão de perda de peso de muitas crianças, pois elas ficam mais saudáveis, dormem melhor, têm ainda mais energia. O esporte como um todo vem para somar na vida dessas crianças e de suas famílias.

Como está sendo a busca de recursos em Brasília?
A gente já busca recursos fora desde 2015. Eu tenho participação da Prefeitura de Francisco Beltrão, mas é preciso também buscar fora. Em nível de Paraná, também temos as nossas doações. Mas eu não posso deixar de dizer aqui que, hoje, o nosso maior foco é através de projetos que são feitos via Lei de Incentivo ao Esporte, vinculada ao Ministério da Cidadania. A cada 60 ou 90 dias, eu vou a Brasília em busca de novos projetos para o Instituto. Já estamos com o orçamento de 2020 garantido, mas precisamos buscar mais projetos para 2021 e 2022, é uma luta diária. É preciso buscar nas empresas essas doações, que são abatidas em Imposto de Renda. É um trabalho árduo, mas ao final de tudo isso é muito gratificante, pois você vê a evolução das crianças no dia a dia.

Brasília tem muitos recursos a serem trazidos para o nosso esporte?
Hoje, há muitos recursos em Brasília, não apenas para projetos sociais, mas para o esporte como um todo. Mas isso demanda alinhamento político e de projetos. Não se pode pensar que se você mandar um projeto agora daqui a 60 dias vai ter o resultado. Às vezes, demora um ou dois anos para colocar em prática. Por isso muitas pessoas param no caminho. Existem muitos recursos, sim, mas não é fácil de conseguir. Lá em Brasília você é um desconhecido, que busca recursos para um lugar que eles nem conhecem. Para trazer recursos, é preciso ter uma pessoa à disposição para estar na estrada.

Qual é a sua história em Francisco Beltrão?
Sou nascido em Francisco Beltrão, na Cabeceira do Rio do Mato, tenho tios que moram lá ainda, pessoas que ajudaram a me criar, na minha formação. Tenho 38 anos de idade, sou pastor, administrador da Igreja Ministério Luz do Mundo e presidente do Instituto Jeferson Bizotto. É aqui em Francisco Beltrão que tenho minhas raízes, família Bizotto por parte do meu pai, família Prigol por parte da minha mãe, tenho meus filhos e aqui é onde consegui minha formação. Nesta cidade a gente se sente em casa. Já morei fora, viajo todo o Brasil em busca de recursos e confesso que estamos em uma cidade maravilhosa. Sou formado em Administração pela Unipar, tenho pós-graduação em Gestão Pública. Lembro que em 1996, quando saí do sítio para vir para a cidade, fui no Posto Vila Nova, do empresário Eocídio Biavatti, que me ensinou muito, uma pessoa sensacional. Trabalhei também na Mazza Compensados, na Rede Panda, do Valdir Gervinski e do Neocir Cipó Nezze, que são pessoas fundamentais, que me ajudaram nessa formação. O trabalho social desenvolvido pelo Instituto Jeferson Bizotto é somente uma pequena amostra do que podemos devolver para a cidade, daquilo que a gente já recebeu.

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