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Francisco Beltrão
quinta-feira, 29 de maio de 2025

Edição 8.214

29/05/2025

Quem está a fim de jogar bola sempre dá um jeito

Mesmo em tempo de pandemia.

Os dois chutam ao mesmo tempo. Depois de chutar, tem que defender.

Por Ivo Pegoraro*
Jogar futebol não é tão simples como muitos podem pensar. Primeiro, você precisa encontrar um time. E fazer parte dele. Se você é convidado, deve se enquadrar às regras do grupo. Se você quer formar seu time, dá trabalho. Quando falta jogador, tem que convidar outros. Quando sobra jogador, até a sua vaga fica ameaçada.

O futebol sete facilitou porque, em vez de 22 atletas para formar dois times, com 14 já dá jogo. E o futebol cinco, em campo menor, como o da 19ª SDP e do Jornal de Beltrão, facilitou ainda mais, porque com dez dá dois times.

Tem vezes que aparecem somente oito, aí se faz quatro contra quatro, com goleiro-linha. Três contra três também dá, aí vale gol só de dentro da área.

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Quando se juntam apenas quatro, faz-se uma rebatida, que tem chute e defesa e, quando dá rebote, vem domínio de bola, passe, drible, cabeçada, todas as jogadas, enfim, de um jogo normal. No fim, pra quem gosta mesmo de correr atrás da bola, pode ser melhor uma rebatida do que um jogo de muita gente, daqueles que você fica em campo meia hora, ou vinte minutos, e tem que dar o lugar pra outro.

Se em tempos normais ocorrem jogos com poucos jogadores, imaginem na pandemia. Mas aí vale a criatividade. Tem mais de um tipo de jogo, para dois atletas. Um chuta do seu campo e o outro defende, sem tocar a mão na bola. Quem chuta tem várias opções. Pode ser lá de trás, mas aí dá pouca força. E pode ir até o meio do campo, aumentando a chance de fazer o gol porque fica mais perto. Mas se o outro dominar a bola, pode te encobrir.

Outro jeito é jogar com duas bolas, para serem chutadas ao mesmo tempo. Põe na marca do pênalti, mas chuta na outra trave. E de lá vem bola tamém. Conta “um, doi, três”, os chutes devem ser simultâneos. Você chuta e corre pra defender; tenta encobrir o adversário e ele tenta te encobrir. Bola que vem da meia altura até o travessão é indefensável. Esse é o jogo “Pênalti contra”. Descobrimos na pandemia, junto com o Pedro Raimundo Pereira, o Selvino Howeler e o Arlindo Reolon. Nova opção, com dois já se pode jogar.

O problema é quando não aparece ninguém, como ocorreu neste sábado. Só eu e o campo. Que nada, joguei do mesmo jeito. Pus cadeiras no lugar de goleiros, pra valer somente bola que passa da metade pra cima do gol (é bola que um goleiro que fica na marca do pênalti não defende). Joguei até cansar. A competição foi entre as minhas pernas. Foi bem disputado. Um chute de direita, outro de esquerda. Foi 4 a 4, 6 a 6, 8 a 7. No fim, a perna direita ganhou de 10 a 8. E eu voltei pra casa suado e satisfeito. Como exercício, que é o que a gente precisa, valeu.
*Ivo Pegoraro é jornalista em Francisco Beltrão desde 1979

Se a bola que veio do outro lado do campo passa por cima das cadeiras é porque o goleiro, que fica na marca do pênalti, não teria defendido.

 

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