
Neste domingo, às 16 horas, entram em campo Sociedade Esportiva Marmeleiro e Treze de Maio de Verê, no Estádio Vilson Henrique de Marmeleiro. Será um novo capítulo de um dos campeonatos mais tradicionais do Estado: o Regional de Amadores. Quem já esteve lá fala como é viver essa sensação, às vezes dolorida. “Um revés em casa não é nada fácil. Por isso que acredito que o Marmeleiro deve ter muita humildade pra voltar a ser campeão”. É a mensagem do ex-jogador do Marmeleiro, Vilson Rocha. Gaúcho de Carazinho, Vilson, 73 anos, foi bicampeão do Regional em 1962 e 1975 (última conquista do Marmeleiro).
“Foram dois jogos em 1975 contra o União, com duas vitórias nossas por 1×0. Na segunda partida teve um lance engraçado em Beltrão, no Anilado. Era fim de jogo e saiu uma falta pra nós na intermediária. O Antoninho Acco me pediu o que fazer. Disse pra lançar a bola na marca do pênalti. Ele chutou, o goleiro do União deu um chutão de raspão e a bola entrou”, relembra Vilson.
Na primeira partida da final do Regional entre as duas equipes, realizada domingo, 20, deu empate em 1×1. Um placar igual neste domingo leva a decisão do título para as penalidades. “Faz 40 anos que Marmeleiro espera essa conquista e chegou a nossa vez, tem tudo pra ganhar. Acredito que o Verê vem pra empatar e decidir nos pênaltis. Aí pênalti é loteria”, ressalta Vilson.
Ele revelou que gostaria de estar bem próximo da taça, e entregá-la ao Marmeleiro, caso o time seja campeão. “Vou assistir ao jogo e gostaria de entregar a taça.”
Passagem pelo Colorado
Vilson tem uma longa história no futebol, inclusive jogou nos anos 60 ao lado de Claudiomiro, ídolo do Internacional, nas categorias de base do time gaúcho. “Fui fazer um teste no Inter nos anos 60. Lembro que no jogo fiz dois cruzamentos para o Claudiomiro e ele fez dois gols de cabeça. Ele seguiu a carreira e eu não. Na época tinha trabalhar para sobreviver. E só com a despesa que o clube bancava não tinha como continuar. Por isso decidi continuar minha vida como torneiro mecânico”, conta Vilson.
Suzin jogou no Treze
O comerciante Heitor Suzin, proprietário do Supermercado Real, atuou com a camisa do Treze de Maio nos anos 60 e 70 como meio campo. Ele se recorda de uma fatídica final de competição em 1962 entre o Treze de Maio e o Flórida de Londrina. “Como hoje, naquele tempo tinham as competições regionais, aí acontecia a final de uma região contra a outra. Lembro que jogamos duas partidas, deu dois empates e fomos para os pênaltis. No último jogo, em casa, empatamos em 3×3 e perdemos nos pênaltis. Foi lamentável.”
Heitor sempre acompanha as competições que o Treze de Maio disputa e também colabora com o time. “Gostaria de acompanhar mais, só que o meu setor toma muito tempo. Mas neste domingo vou assistir a final e acho que seremos campeões”, destaca Heitor. Ele jogou ainda pelo União com os consagrados Juquinha, Paulo Chinês e Paulinho Schwartz. Às quartas-feiras, Heitor, 60 anos, ‘bate uma bolinha’ com seus amigos. “Joguei várias vezes com o Ivo Pegoraro (diretor de redação do Jornal de Beltrão)”, conta.