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Francisco Beltrão
quarta-feira, 28 de maio de 2025

Edição 8.214

29/05/2025

Torcedores da região Sudoeste avaliam a Copa do Mundo disputada no Brasil

 

Adair De Toni.

Boas e péssimas lembranças a Copa do Mundo deixou em torcedores brasileiros. Pelo menos para os estrangeiros, a hospitalidade do povo tupiniquim surpreendeu. Segundo pesquisa Datafolha, a avaliação entre boa e ótima foi de 95%. Contudo, o tal legado ainda vem sendo discutido nas redes sociais e nos encontros com amigos. A reportagem do JdeB ouviu o que pensam alguns sudoestinos quanto às questões políticas e econômicas e os reflexos da ‘Copa das Copas’.

Emerson Antunes, comunicador na Rádio Panorama AM de Itapejara D’Oeste. “Economicamente acredito que o Brasil teve mais prejuízos do que lucros com essa Copa. Apesar de termos visto um grande número de turistas circulando pelo nosso país, não podemos afirmar que isso trouxe beneficio. A questão do investimento para a realização da competição foi muito mais alto do que o que foi investido em copas anteriores em outros países. Não esqueçamos que isentamos a Fifa dos impostos.

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No contexto político, mesmo tendo um povo bem mais consciente do que no passado, as estruturas não se abalam. Infelizmente a derrota da Seleção para a Alemanha por 7×1, os altos investimentos em estádios que talvez nem usemos mais como é o caso do Amazonas, a isenção dos impostos para a Fifa, nas eleições de outubro a grande maioria da população não vai lembrar de nada disso.”

 

Emerson Antunes.

 

Adair De Toni, diretor da Rádio Onda Sul FM de Francisco Beltrão. “Como empresa, nós participamos de forma direta, com a transmissão dos principais jogos da Copa. No lado econômico não deu pra sentir uma significativa melhora financeira com o “evento”. Houve sim uma melhora, mas não foi o esperado. Politicamente, manifestações aconteceram de forma tímida no início e houve uma calmaria logo depois, porém o vexame da seleção com a derrota de 7×1 para a Alemanha está sendo associado nas principais mídias, ao governo, apesar da Copa contrariar as previsões e estar finalizando com sucesso de público e logística. Creio que por estarmos distantes dos principais centros, nossa região não sentiu muito, principalmente o comércio. No geral, esta Copa teria tudo para ser a melhor de todas as Copas.”

Haroldo Moreira, diretor da Unioeste – Campus Beltrão. “Com relação ao aspecto político acredito que não haverá maiores problemas para os segmentos que almejam chegar ao poder, pois as competições passadas que ocorreram juntamente com as campanhas políticas não apresentaram alterações profundas. Hoje o povo brasileiro tem condições de separar a importância de ambos os eventos para o Brasil, embora possa haver ataques e denúncias pelas partes políticas envolvidas. Economicamente os gastos públicos, conforme divulgado pela mídia, foram elevados e alvo de críticas da imprensa nacional e internacional, inclusive com obras ainda não concluídas. Por outro lado, a Copa do Mundo gera benefícios diretos e indiretos em diversos setores, como também apresenta vários riscos. Caberá aos setores públicos e privados criarem processos eficazes de gestão para tirarem proveitos das oportunidades favoráveis ou sanarem os problemas que, com certeza, também virão.”

Luciano Spessatto.

 

Luciano Spessatto, dentista. “Vejo a Copa como um momento onde os brasileiros mostraram a receptividade e cordialidade com os turistas, mas deixa um legado que o sistema público ultrapassa o obsoleto. Porém, mostrou que se daqui para frente fizer os investimentos corretos no Brasil – educação, saúde e infraestrutura – podemos nos tornar um gigante com uma economia sólida.

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