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Francisco Beltrão
quinta-feira, 29 de maio de 2025

Edição 8.214

29/05/2025

União teve prejuízo na renda do jogo contra o Operário

Para empatar com as despesas de cada partida no Anilado, o clube precisa arrecadar mais de R$ 13 mil.

Se já é complicado o União competir com grandes clubes do Paraná por causa da baixa folha de pagamento, a situação fica ainda mais difícil quando o assunto é bilheteria. Como os resultados não são bons, o torcedor esvaziou as arquibancadas. Na derrota por 1 a 0 para o Operário, de Ponta Grossa, no Estádio Anilado, sábado, 22, a diretoria do União teve um prejuízo de R$ 821,95, conforme o balancete financeiro apresentado pelo clube, que segue fazendo seu trabalho com muita credibilidade e transparência com o torcedor e seus patrocinadores.

“São várias despesas envolvidas no contexto. Somente para a arbitragem, a despesa gira em torno de R$ 7 mil ou R$ 8 mil, somando árbitro, bandeiras, delegado, quarto árbitro, tesoureiro e publicitário. Tem mais outras despesas, que tornam um valor fixo entre R$ 10 mil e R$ 12 mil por jogo somente para a Federação. Aí temos mais algumas despesas internas, como segurança, médicos, ambulância, que são exigências da Federação para o jogo acontecer. Isso gira em uma média de despesas de R$ 13 mil a R$ 14 mil. Isso que temos muitas pessoas trabalhando de forma voluntária na bilheteria, senão a despesa seria muito maior”, comenta Adenilson Miranda, que também é voluntário no União como diretor-financeiro.

“Precisamos que o torcedor compareça e prestigie o União. Com a presença maior do torcedor, todos ganham, o clube, os jogadores e a torcida, que faz o seu espetáculo. Sendo que o objetivo da nossa diretoria é que o estádio esteja sempre cheio, proporcionando momentos de lazer e entretenimento nos domingos à tarde, e às vezes nos sábados. Isso é importante para a nossa comunidade”, complementa Miranda, aproveitando para convocar o torcedor para o último jogo em casa na primeira fase, dia 15 de março, um domingo, às 16h, contra o FC Cascavel.

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Quais são as despesas?
Conforme o balancete financeiro do União no jogo contra o Operário, a receita total de bilheteria foi de R$ 12.262,00. A diretoria teve uma despesa de R$ 10.840,95 com a Federação e R$ 2.243,00 com a partida. Portanto, o prejuízo foi de R$ 821,95. O público total foi de 821 pessoas. Para fechar a conta, cada torcedor deveria ter pago um real a mais no ingresso. Mas como 76 pessoas entraram de graça (idosos, crianças, deficientes e outros), o ticket médio foi de R$ 14,90 por pessoa. No total, 410 pessoas pagaram meia entrada. Para ficar mais tranquilo, o União precisa de pelo menos mil pagantes por partida.

Mas quais são as despesas do jogo? A maior taxa é da arbitragem (árbitro, auxiliares e assessor): R$ 4.200. Foi pago também o custo da quilometragem do tesoureiro, do delegado e do assessor de imprensa da Federação Paranaense, que ficou em R$ 2.063,00. O quadro móvel da Federação custa R$ 1.350 por partida. A Federação ainda leva 5% de comissão no valor bruto dos ingressos, mais 1% do valor bruto dos ingressos para a taxa antidoping, mais 2% do valor total dos ingressos para ‘taxa administrativa’. O clube ainda precisa pagar um seguro de público pagante, que fica em 15 centavos por torcedor, e o seguro dos árbitros, que no jogo contra o Operário foi de R$ 22,60. Além disso, é preciso acrescentar 20% de INSS. Para resumir, o valor total com a Federação nesse último jogo ficou em R$ 10.840,95. “Mas isso varia muito de jogo para jogo, porque é proporcional ao valor bruto. No jogo contra o Athletico, por exemplo, esse custo fixo da Federação foi de mais de R$ 18 mil”, compara Miranda.

Além dessas despesas, o União gastou mais R$ 2.243 com custos diversos, como sonorização e divulgação do jogo (R$ 375), segurança, maqueiro e gandulas (R$ 1.140), ambulância (R$ 650) e despesas como água e frutas para o pessoal e também para a imprensa e equipe da Polícia Militar (R$ 78). “Esse custo operacional do jogo não varia muito. No jogo contra o Athletico, foi de R$ 2.740.”

No jogo contra o Operário, sábado passado, a maior parte do público ficou na arquibancada coberta do Estádio Anilado.

Foto: Ivo Pegoraro/JdeB

 

Jogos anteriores
A maior renda até aqui foi na estreia, contra o Athletico, com um valor bruto de bilheteria de R$ 69.428 e um lucro líquido para o clube de R$ 48.236,68. Depois, no jogo contra o PSTC, a bilheteria arrecadou um total de R$ 21.722 e um lucro líquido de R$ 2.245,70. Um detalhe interessante é que a diretoria pagou dessa renda um total de R$ 10 mil de bicho para os jogadores por conta da vitória por 1 a 0. No jogo contra o Londrina, o valor bruto da renda foi de R$ 22.541,50 e o lucro líquido foi de R$ 8.533,85.

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