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quinta-feira, 29 de maio de 2025

Edição 8.214

29/05/2025

Fórmula 1 inicia 2022 com o grid mais qualificado de todos os tempos

Nunca houve uma temporada com tantos pilotos consagrados e tantos prodígios.

Por Marcos Staskoviak – A temporada 2022 da F-1 inicia neste fim de semana, no Bahrein, com o grid mais gabaritado de sua história. Dos 20 pilotos inscritos, 16 já conquistaram ao menos um pódio (80%), dez já venceram ao menos um GP (50%) e quatro detém ao menos um título (20%). Apenas quatro não têm resultados expressivos. Confira na tabela os números dos pilotos de 2022 e o infográfico com os dados históricos.

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A qualidade dessa turma é quase inquestionável. Pelo menos cinco dos que não têm título não surpreenderiam muita gente se o fizesse nos próximos anos (Ricciardo, Leclerc, Gasly, Norris e Russell) e três têm muitas chances de vencer pela primeira vez neste ano (Sainz, Norris e Russell).

Vale ressaltar que é preciso ter qualidades para chegar ao pódio na F-1, somente sorte não é suficiente. Mesmo se questionarmos as conquistas de Magnussen, Stroll e Ocon, por exemplo, não podemos afirmar que são pilotos ruins.

O número de vagas tão reduzido — apenas 20 carros atualmente — é um fator que influencia nesses números, mas é visível que em épocas passadas grids mais “gordos” comportaram números maiores ou menores de pilotos de alto nível, porém, não na proporção que temos hoje.

Algumas temporadas se destacam nessa análise. Em 2012, entre os 25 participantes, 13 já tinham pódio (52%), nove tinham vitórias (36%) e seis tinham título (24%) — um recorde histórico. Já em 1994, apenas Ayrton Senna começou o campeonato com títulos (Nigel Mansell pilotaria o Williams nº 2, no fim do ano), seis pilotos tinham vitórias (13%) e 13 tinham pódio (28%). Só que 46 competidores participaram dos GPs. 1995 foi o ano que iniciou com menos vitoriosos: apenas quatro.

Em contrapartida, 1986 (tido como um dos melhores campeonatos de todos os tempos, com Alain Prost, Nelson Piquet, Ayrton Senna e Nigel Mansell na disputa) começou com 12 pilotos com vitória (38%) e 19 com pódio (59%), num ano que teve 32 competidores. No mesmo nível, 1979 começou com incríveis 15 vitoriosos (42%) e 18 pilotos com pódio (50%), num certame que teria 36 postulantes. Ambos os anos se iniciaram com quatro campeões.

O recorde de pilotos com pódio no início de uma temporada fora estabelecido poucos anos antes, em 1974, com 21 competidores, contudo esse ano teve 64 esportistas disputando algum GP. Isso serve para contextualizarmos os números dos anos dourados da F-1.

Antigamente

Em suas primeiras décadas a categoria era muito diferente do que é hoje, em organização e espírito. Foi somente a partir de 74 que a numeração foi organizada, com cada equipe recebendo dois numerais sequenciais para usar durante toda sua existência, a menos que tivesse o atual piloto campeão (daí usaria o 1 e o 2).

Até os anos 70 cada GP era organizado à sua maneira e o número de inscritos variava muito de um evento para outro. Etapas como o GP da Inglaterra e da Itália atraíam mais competidores, pois o automobilismo local é muito forte.

Outra anomalia existiu de 1950 a 1960, com a inclusão das 500 Milhas de Indianápolis no calendário. Mas, tirando as participações de Alberto Ascari em 1952, Giuseppe Farina em 1956 e Juan Manuel Fangio em 1958, jamais houve uma ligação entre o certame “europeu” e a prova norteamericana. Por isso, seus números foram ignorados nessa estatística. Uma curiosidade digna de nota é que 1959 foi disputado sem a presença de um piloto campeão: Ascari morreu em 55, Farina aposentou em 55, Fangio aposentou em 58 assim como o campeão daquele ano Mike Hawthorn.

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