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sexta-feira, 27 de junho de 2025

Edição 8.234

27/06/2025

Fúria Beltronense reafirma compromisso com o Marreco e quer arquibancada mais ativa


Organizada celebra 17 anos de fundação, destaca parceria com o clube e relata bastidores das caravanas, rivalidades e presença no Arrudão.


Anthony Valente e Rafael Kobs, presidente e vice da Torcida Organizada Fúria Beltronense. Foto: Fotos: Reprodução.

Apoio incondicional. A isso se comprometem a dar ao Marreco os integrantes da Torcida Organizada Fúria Beltronense (TOFB). Criada em 2008, à época para apoiar o Beltrão Futsal e o Francisco Beltrão Beltrão Futebol Clube, seguiu fazendo barulho nas arquibancadas do Arrudão quando aqueles deixaram o cenário, período que culminou com a asenção verde-preta. As atividades da Organizada foram a pauta do “Debate Esportivo”, da TV Beltrão, de terça-feira. 24, com as entrevistas. Anthony Valente e Rafael Kobs, presidente e vice da entidade, deram o recado.

Em 2025, a Fúria Beltronense conta com cerca de 40 integrantes. O presidente Anthony tem 21 anos e acompanha o Marreco desde 2013. Ele trabalha na Policlínica São Vicente de Paula, é morador do bairro Cristo Rei e dedica o tempo livre a um dos clubes do coração — o outro é o Grêmio, mas ele garante que já não se importa “tanto assim” com o Tricolor quanto com o Verde-preto.  Aos 18 anos, Rafael mora no Pinheirinho e se interessou pelo Marreco em 2022 — justamente numa das fases mais críticas da equipe. Desde então, frequenta o Ginásio. Os dois são beltronenses de nascença.

“A Torcida não é apenas aquilo que acontece na arquibancada. Tem toda uma organização por trás”, diz Anthony, que está na presidência da Organizada há três anos. Rafael integra a diretoria desde o ano passado.

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Força do Arrudão

Anthony se interessou pelo Marreco sem influência familiar. Num período ainda sem participação na Liga Nacional (LNF), ele lembra que o Arrudão sempre estava lotado. “Eu lembro que pegava a lotação. Minha mãe comprava o ingresso, eu pegava o passe e ia assistir ao jogo.”

Viagens

Uma das singularidades das organizadas é viajar para apoiar a equipe fora de casa. Em 2025, a Fúria Beltronense voltou a fazer caravanas. Primeiro, em Capanema, quando o Marreco se viu obrigado a atuar distante de Francisco Beltrão enquanto havia obras na quadra do Ginásio Arrudão.

“Logo que saiu a decisão do time ir pra Capanema, a gente decidiu fazer caravana. Fomos em busca de patrocínio e conseguimos fechar nos dois jogos o ônibus cheio com 50 pessoas”, conta Rafael.

Mas a boa fase da equipe comandada por Marcelo Batista, o “Tchelo”, tem motivado a galera a ir mais longe. Eles garantiram a batucada em Toledo, no triunfo passado na LNF: 3×0 sobre o Esporte Futuro. Para isso, contam com apoio do próprio clube e de parceiros.

“Tudo patrocinado pelo Marreco. Lavarda e a diretoria ajudam muito. Tem os ingressos para os jogos fora, que o Marcelo (Riffel) sempre reserva.”

Torcida ou espectador de futsal?

Rafael concorda com uma observação comum dos cronistas esportivos beltronenses: de que boa parte do público que comparece aos jogos não costuma “fazer barulho” e faz papel de “espectador”.  “O ginásio do Pato é menor,  mas lá, no geral, costumam ajudar mais”, diz.  

Anthony reconhece que não há uma sensação de caldeirão na casa do rival do Pato, mas afirma que a Fúria tem feito a sua parte.

“Se formos assistir um jogo sem a nossa organizada, a gente não vê barulho nenhum. Naquela boa fase, em 2017 e 18, por exemplo, o público geral cantava o jogo inteiro junto com a Torcida. Hoje em dia, a gente chama até, mas muita gente vai lá para ficar sentado, não acompanhando as músicas. É um fator que poderia ser melhor. Ajudaria tanto o Marreco…Porque se analisar, quando a TOFB não está,  o silêncio é eterno       .”

Empolgação com a campanha de 2025

Basta ir para as redes sociais, seja do próprio Marreco, ou nos comentários de uma reportagem sobre o time, para perceber um contentamento dos beltronenses. As boas campanhas no Campeonato Paranaense e LNF corroboram. A Fúria Beltronense também está entusiasmada.

Para Anthony, três fatores explicam o sucesso: a reestruturação feita pelo presidente Luiz Sérgio Lavarda; o trabalho do técnico Marcelo Batista, o “Tchelo”; e um elenco, que no papel não era considerado de ponta, “deu liga”.

“Os bons resultados refletem totalmente na torcida. Peço que povo volte a acreditar. Se associem ao clube. Comprem camisas, apoiem, vão ao jogo. Isso é o diferencial pra conquistar grandes coisas”, sugere Anthony.

Na percepção do vice-presidente da Organizada, a presença de público melhorou nesta temporada, mas pode ser mais condizente às campanhas de alto de tabela.

Aliadas da Fúria Beltronense

Assim como as grandes organizadas, a Fúria Beltronense tem aliadas: a Águias da Azul, do Foz Cataratas; a TPS, de Toledo; e a do Capanema. As de “menor afinidade” são a Camisa 6, do Pato, e Máfia Tricolor, do Cascavel.

Torcida da UTFPR

Durante o “Debate Esportivo”, os dirigentes foram questionados por espectador sobre uma parceria com a torcida organizada do campus beltronense da UTFPR. Anthony reconheceu que os universitários já foram mais presentes no Arrudão.

“Foi num período que não era nem o Lavarda que estava lá e nem eu na TOFB. A gente tentou seguir em parceria com eles. Não tem como se unir, porque como na maioria das vezes eles têm aula durante a semana, então pra nós não compensa. Neste ano fizemos um jogo com eles aqui em Beltrão, mas isso aí vai muito além de uma parceria. A gente está à disposição, caso eles queiram assistir aos jogos com nós.”

Proximidade com jogadores

Uma das vantagens de torcer por uma equipe de futsal é a proximidade que os adeptos têm com os jogadores — algo raro no futebol. Desta forma, Anthony recorda de amizades que fez com atletas do Marreco ao longo dos anos.

“Com o Rangel. Na época, eu era pequeno e entrava na quadra com ele. Tenho até foto. Foi lá por 2014, quando eu acompanhava os treinos e criei essa proximidade. Em 2022, tive amizade com Cappa (Douglas), mas tem um cara especial que considero muito, um irmão pra mim, que é o Ligeiro. A gente conversa até hoje no WhatsApp. Há três anos fiz uma arte de dia de jogo pra ele e a gente começou a conversar. A gente teve um vínculo muito forte com a conquista do Paranaense Sub-20.”

O Rafael teve mais contato com Rato e Matheus, em 2023. “O Rato me deu uma jaqueta. Sempre que dava trocava uma ideia. É um grande amigo que fiz.”

Entre os jogadores que já deixaram o Marreco e que gostariam de ver de novo com a camisa Verde-preta, Anthony escolheu González e Otanha — de 2024 e 2023, respectivamente.

Tatuagem

Anthony e Rafael eternizaram o amor pelo Marreco com tatuagem na panturrilha direita.

Os dois resolveram estampar na pele o amor pelo Marreco. Eles fizeram tatuagem do escudo, fixada na panturrilha direita de cada um. “A gente estava desde o ano passado falando nisso. Daí, no começo deste ano, comecei a ‘encher o saco’. ‘Pô, bora lá fazer a tatuagem’”, relata Rafael, que já possuia outras pelo corpo, enquanto Anthony fez pela primeira vez.  “Minha mãe e minha namorada disseram que sou louco”, (risos).

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