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Francisco Beltrão
domingo, 25 de maio de 2025

Edição 8.211

24/05/2025

Há 60 anos, no Chile, o Brasil conquistava o bicampeonato

Revistas da época batiam recordes de tiragens.

JdeB – Dia 17 de junho de 1962, o Brasil derrotava a Tchecoslováquia por 3×1, em Santiago do Chile, e conquistava seu segundo título mundial de futebol, com gols de Amarildo (substituto de Pelé, lesionado), Zito e Vavá. Setenta milhões de brasileiros comemoraram o segundo bicampeonato da história das Copas do Mundo (o primeiro bi foi do Uruguai, em 1930 e 1950; o Brasil tinha sido campeão em 1958).

Essas, e muitas outras informações, estão nas publicações da imprensa daquela época. O aposentado beltronense Carlos Alberto Pinheiro, que era um jovem de 16 anos (nasceu em 29 de maio de 1946), tem guardada uma coleção de revistas de 1962: Fatos & Fotos, Mundo Ilustrado e O Cruzeiro. Ele conta, com detalhes interessantes, como foi, para ele, aquela conquista.

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Carlos Alberto lembra que a equipe do Brasil, treinada por Aimoré Moreira, treinou para a Copa em duas cidades de clima frio, clima mais próximo do inverno chileno: Serra Negra, em São Paulo, e Nova Friburgo, no Rio de Janeiro. Ao receber o boletim escolar, tempos depois, encontrou uma anotação: “Ele faltou à aula dia tal, foi visto no campo de futebol”. Ainda hoje, Carlos Alberto questiona: “E quem passou aquela informação para a direção do colégio estava fazendo o que no campo de futebol àquela hora?” Era o campo do Friburgo, no Centro da cidade, e com portões abertos. Hoje, ele não se arrepende de ter faltado à aula um dia pra ver os craques que se tornariam bicampeões do mundo.

Carlos Alberto viveu a Copa de 62 intensamente.

Os jogos da Copa, Carlos Alberto acompanhava pelo rádio. Na Tupi, com narração de Oduvaldo Cozzi, ou Rádio Nacional, com Jorge Curi. E assistia pela TV no dia seguinte, quando chegava o vídeotape. Na comemoração do título, ele lembra de “uma festa tremenda, mesmo lá em Friburgo”.

Sobre as revistas, quem comprou foi seu irmão vascaíno que residia no Rio de Janeiro, Antônio Carlos Valente Pinheiro, quatro anos mais velho que ele. “Meu irmão comprava as revistas, lia e guardava. Depois que ele morreu, em Curitiba, meu sobrinho me ofereceu.”

Carlos Alberto Pinheiro é formado em História, pela Unicentro de Guarapuava.

Não tinha substituição

Quem começava o jogo ia até o fim. No primeiro jogo, Pelé se machucou e foi substituído por Amarildo, que jogou até o fim da Copa. Em sua edição de 23 de junho de 1962, a Revista Mundo Ilustrado publicou, com foto, “Os 12 campeões que conquistaram o Chile”: Gilmar, Mauro Ramos, Nilton Santos, Djalma Santos, Zózimo, Zito, Garrincha, Didi, Pelé, Vavá, Amarildo e Zagalo.

A equipe completa, com seus respectivos clubes, era formada por:

Goleiros: Gilmar (Santos) e Castilho (Fluminense).

Laterais: Djalma Santos (Palmeiras), Nílton Santos (Botafogo), Jair Marinho (Fluminense) e Altair (Fluminense).

Zagueiros: Mauro (Santos), Bellini (São Paulo), Zózimo (Bangu) e Jurandir (São Paulo).

Meio-campistas: Zito (Santos), Didi (Botafogo), Zequinha (Palmeiras), Mengálvio (Santos).

Atacantes: Garrincha (Botafogo), Zagallo (Botafogo), Vavá (Palmeiras), Pelé (Santos), Jair da Costa (Portuguesa de Desportos), Coutinho (Santos), Amarildo (Botafogo) e Pepe (Santos).

Entre os titulares tinha cinco do Botafogo (Nilton Santos, Didi, Garrincha, Amarildo e Zagalo), quatro do Santos (Gilmar, Mauro, Zito e Pelé), dois do Palmeiras (Djalma Santos e Vavá) e um do Bangu (Zózimo).

Jogos do Brasil na Copa de 1962

30-5 – Brasil 2×0 México
2-6 – Brasil 0x0 Tchecoslováquia
6-6 – Brasil 2×1 Espanha
10-6 – Brasil 3×1 Inglaterra
13-6 – Brasil 4×2 Chile
16-6 – Brasil 3×1 Tchecoslováquia.

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