Em 2014, Verde-preto parou no Cascavel. Em duas ocasiões, equipe perdeu o título nos pênaltis.

Por Juliam Nazaré – Após cinco temporadas de campanhas oscilando entre medianas e ruins, o Marreco está de volta entre os quatro melhores clubes do Campeonato Paranaense de Futsal. Pela frente, o Verde-preto terá o Umuarama, com os jogos programados para 15 e 19 de novembro. O duelo decisivo será no Ginásio Amário Vieira da Costa, onde a equipe de Beltrão jamais venceu.
Em 15 participações na Série Ouro, será a sexta vez que o Marreco disputa uma semifinal. Relembre a seguir as campanhas de 2014, 2016, 2017, 2018 e 2019.
2014
Há dez anos, o estadual era disputado por 13 equipes. O Marreco só venceu na quarta rodada, depois de perder para Copagril e Umuarama e empatar com o Keima, de Ponta Grossa. Mas os primeiros três pontos — no 5×2 sobre o Ampere, no Arrudão — fez o time comandado por Fabinho Gomes embalar. Apesar de mais uma derrota no jogo seguinte — 4×3 Cascavel —, a equipe engatou uma sequência de seis partidas sem derrota. Após turno único, o Marreco avançou em sexto lugar.
Na segunda fase, logo no primeiro jogo, o tropeço por 2×1 para a Copagril, em Marechal Cândido Rondon, custa o emprego de Fabinho Gomes. Nelsinho Bavier assume. Num grupo com cinco integrantes, o Marreco encerra na vice, atrás do CAD, que já havia liderado a primeira fase e seria o campeão.
O adversário verde-preto nas quartas foi o Foz Cataratas. Após empate por 2×2 na tríplice fronteira, o Verde-preto fez valer o fator casa e avançou após triunfo por 7×2 – com dois gols de Banana e Suelton, além de Jean Neguinho, Pábrio e Vitinho. Na semifinal contra o Cascavel, 2×2 no Arrudão, e eliminação no Ginásio da Neva: 6×5. Quarto lugar geral.
2016
Na temporada de estreia na Liga Nacional de Futsal (LNF), o Marreco se firmou no pelotão dos “grandes” do futsal paranaense. Num Campeonato Paranaense de 12 clubes, a primeira fase foi disputada em turno e returno, com 22 rodadas. E, mais uma vez, o Verde-preto viveu um início ruim, só de derrotas nos três primeiros compromissos: 7×1 Copagril, 4×2 CAD e 4×3 Foz Cataratas. Na quarta rodada, dia 2 de abril, enfim o desafogo: 5×0 no Dois Vizinhos, em Beltrão, com gols de Magui e Rangel (duas vezes cada), além de Banana.
Após o empate por 2×2 com o Caramuru, em Castro, Nelsinho Bavier, no comando desde 2014, cai. Fabinho retorna e o time encerra em terceiro lugar. Na segunda fase, novamente dividida em grupos, o Marreco fica em segundo, atrás da futura campeã Copagril. Mais uma vez decidindo as quartas de final com o Foz Cataratas, o Verde-preto vence o duelo de ida, fora, por 4×2, e a volta, por 3×1. Pega o Keima na semi. Vacila no Arrudão, fica no 1×1 e perde a vaga na decisão em Ponta Grossa, na derrota por 4×1. Na classificação geral, terceiro colocado.
2017
Pela primeira vez o Clássico das Penas entre Marreco e Pato fez parte da programação da Série Ouro. Em 21 de junho, em Beltrão, pela nona rodada, melhor para os pato-branquenses: 4×3. No Dolivar Lavarda, no returno, empate de 2×2. Na tabela, os rivais fizeram campanha semelhante: 37 pontos cada, com os pato-branquenses terminando em terceiro por conta do confronto direto. Na beira da quadra, Fabinho dá lugar a Eduardo Coelho, o “Baiano”.
Pelo mata-mata, pela terceira vez seguida, o Verde-preto despacha o Foz — dois triunfos, 6×2 e 3×0. Dá o troco por 2016 no Cascavel com duas goleadas — 5×1 e 5×2 — e avança à decisão, contra o estreante Pato. Em 2 de dezembro, diante do seu torcedor, goleia por 4×1, com dois de Barbosinha, e também Richard e Suelton. Coloca a mão na taça, mas toma o mesmo placar no segundo jogo. Na decisão por pênaltis, 5×3 para o rival — com Barbosinha desperdiçando a cobrança fatal. Vice-campeão e a melhor campanha da história do Marreco, até então.
2018
Terceiro colocado na primeira fase, passa pelo Cascavel nas quartas. Já com Paulinho Gambier de treinador, vinga o título perdido no ano anterior e despacha o Pato na semifinal. Empata por 1×1 no Arrudão e por 3×3 na casa do aniversário e usa o mesmo veneno do rival: 5×3 nos pênaltis e classificação garantida para a decisão.
Diante do Foz Cataratas, perde na ida por 5×4 e faz 4×2 em casa. De novo nos pênaltis, vê Sol Sales e Emerson — maior artilheiro da história do clube — desperdiçarem cobranças. Só Trentin erra no lado do Azulão, que ergue a taça em plena Beltrão.
2019
Avança em quinto na primeira fase, 14 equipes. Elimina o Cascavel no mata-mata. Paulinho Gambier deixa o Verde-preto após a eliminação na semifinal da Copa do Brasil para o Corinthians. Serginho Schiochet estreia no jogo de ida da semi do Paranaense, contra o Dois Vizinhos: derrota por 2×0 no Ginásio Teodorico Guimarães. O empate em 4×4 na volta decreta o fim de linha.