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Francisco Beltrão
domingo, 15 de junho de 2025

Edição 8.226

14/06/2025

Como a IA pode ser aliada ou vilã na educação do seu filho?

Foto criada por inteligência artificial/ ChatGPT.

Por Jônatas Araújo – A inteligência artificial já pode ser considerada um recurso indissociável do nosso cotidiano. Ela está na ligação automatizada que recebemos, no uso da Alexa para ligar o rádio, no ChatGPT para otimizar o tempo no trabalho. Apesar dos benefícios, o professor e secretário de Assistência Social, Felipe Guerios, diz que o uso indiscriminado, principalmente no campo pedagógico, pode atrapalhar a formação educacional de crianças e adolescentes.

Um estudo realizado em 2023 pela Access Partnership, em parceria com a Amazon, ouviu 500 empresas brasileiras. Cerca de 80% pretende considerar o fator “qualificação em IA” na contratação de funcionários no futuro. O estudo também apontou que colaboradores estão buscando se especializar na tecnologia para se manterem competitivos no mercado de trabalho.

Professor Felipe Guerios, secretário de Assistência Social de Francisco Beltrão. Foto: Jônatas Araújo/JdeB.

Felipe Guerios, formado em Pedagogia pela antiga Fadep, conta que começou a lecionar aos 17 anos, há 10 anos. Viu a mudança tecnológica da última década dentro da sala de aula. Ele diz que, por experiência, prefere o método de ensino tradicional, mas vê como necessária a adaptação da educação para manter a atenção dos alunos.

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“Antes, o professor conseguia ter uma atenção maior do aluno, pois nem todos tinham celular, e os recursos de pesquisa ainda não estavam tão desenvolvidos. Quando o professor solicitava a pesquisa, os alunos iam até o laboratório da escola, pegavam livros, pesquisavam. Era possível acompanhar o rendimento.”

O desafio pelo interesse do aluno

Com o avanço da tecnologia, os celulares fizeram a sala de aula mudar. Tornaram-se objetos inseparáveis dos alunos e começaram os desafios para tentar obter a atenção de uma geração que já nasceu inserida no meio tecnológico.

Felipe conta que começou a aplicar atividades em que os alunos podiam usar o celular em determinados momentos, com interações por QR Code e outras plataformas. Ele percebeu que, dessa maneira, conseguia trabalhar mais o lado pedagógico, atraindo a atenção dos alunos e criando uma espécie de negociação para aplicar dias de conteúdo com o método tradicional – de fazer o aluno ouvir e escrever – sem que, com isso, perdessem o interesse.

Reciclagem e revisão no método de ensino

É um equilíbrio entre o convencional e o contemporâneo, mas também é preciso que o docente esteja disposto a dar passos na direção da mudança.

Felipe diz que a educação deve buscar meios para manter o aluno interessado no aprendizado, observando as rápidas mudanças nas legislações, conteúdos e informações, e mantendo o educador sempre atualizado.

“O professor precisa estar disposto a adaptar o ensino para o atual momento, e o método precisa ser revisto para conseguir prender a atenção do aluno no aprendizado. Acabou aquele tempo de o professor bater de frente. Se você não buscar uma parceria com o aluno, você não o tem. Cada vez mais, perderemos nossos alunos no aspecto da atenção e até mesmo pela evasão escolar. Os alunos precisam se sentir motivados a ir para a escola”, explica Felipe.

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