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Francisco Beltrão
quarta-feira, 11 de junho de 2025

Edição 8.223

11/06/2025

Morre o escritor Dalton Trevisan, “O Vampiro de Curitiba”


Foto: Reprodução Facebook

JdeB – O escritor Dalton Trevisan, conhecido como “O Vampiro de Curitiba”, morreu nesta segunda-feira (9), aos 99 anos, na capital paranaense. A informação, segundo o G1, foi confirmada pela Secretaria de Estado da Cultura do Paraná em um comunicado e também pela família em uma publicação de rede social. A causa da morte não foi informada.

Dalton Trevisan, um dos maiores nomes da literatura brasileira, construiu uma carreira marcada pela discrição e pela profundidade de sua obra. Nascido em Curitiba, no dia 14 de junho de 1925, o autor ficou conhecido pelo apelido de “O Vampiro de Curitiba”, título de uma de suas obras mais emblemáticas, publicada em 1965. Suas histórias, geralmente curtas e intensas, exploram a vida urbana, as complexidades das relações humanas e as angústias do cotidiano.

Formado em Direito pela Universidade Federal do Paraná, Trevisan nunca exerceu a advocacia, dedicando-se inteiramente à escrita. Sua estreia literária aconteceu em 1945, com Sonata ao Luar, uma coletânea de contos que o autor mais tarde renunciaria, considerando-a imatura. Foi apenas na década de 1950, com a publicação de contos em revistas e jornais, que começou a moldar o estilo seco e minimalista que o consagraria.

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Dalton Trevisan recebeu inúmeros prêmios ao longo de sua carreira, incluindo o Prêmio Camões, em 2012, e quatro Prêmios Jabuti. Sua obra inclui títulos memoráveis como O Vampiro de Curitiba, Cemitério de Elefantes, A Polaquinha e A Guerra Conjugal. Suas histórias frequentemente abordam temas como violência, solidão, traição e os paradoxos da existência, com personagens que transitam entre o banal e o trágico.

Conhecido por sua reclusão, Trevisan raramente aparecia em público e evitava entrevistas, optando por deixar que sua obra falasse por si. Sua contribuição para a literatura brasileira é inestimável, tanto pelo rigor estilístico quanto pela capacidade de capturar as sutilezas e os dramas da condição humana. A morte de Dalton Trevisan marca o fim de uma era na literatura nacional, mas seu legado permanece vivo em suas palavras.

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