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Francisco Beltrão
sexta-feira, 06 de junho de 2025

Edição 8.221

07/06/2025

Pedron prega a volta da paz política e diz que tem mandato “com portas abertas”


Em entrevista à Rádio Educadora, ele disse que sempre respeitou a hierarquia do ex-prefeito e que tem buscado recursos com diferentes parlamentares e instituições.


O prefeito Antonio Pedron na entrevista à Rádio Educadora. Foto: Divulgação.

O prefeito Antonio Pedron (MDB), de Francisco Beltrão, afirmou que, como vice-prefeito, teve um empenho constante para atrair novos investimentos privados e no acompanhamento de alguns projetos bancados por meio de convênios entre a Prefeitura e os governos federal e estadual. Pedron falou de sua passagem como secretário municipal de Planejamento durante parte das gestões do prefeito Cleber Fontana (2017-2024), do isolamento sofrido e que muitas decisões foram tomadas somente pelo ex-gestor municipal.

Pedron foi entrevistado pelo programa Beltrão de Fato, da Rádio Educadora, no último sábado, 31 de maio. “Eu tenho uma lista de dez empresas que eu trabalhei. Quer que eu te fale uma? A Havan! Se não fosse o Pedron, não teríamos a Havan. Quando teve a pandemia, quem ia para Brusque [na sede da empresa] era eu. Até fui com o recurso meu várias vezes. A fábrica da rações [Crowil do Brasil S/A, instalada na PR 483] foi o Pedron. A Concen, fábrica de manteiga, essa que está aí hoje, acha que foi de graça? Está ali! Pode pegar a testemunha foi falado lá para o governador, se não fosse o Pedron, essa indústria não estaria em Beltrão. A Silos Córdoba [no distrito industrial às margens da PR 483]. Eu continuei trabalhando bastante.”

O prefeito respondeu a uma pergunta enviada por um ouvinte que não se identificou, mas queria saber se ele não sabia de coisas que supostamente estavam erradas na gestão 2017-2024.

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“Vamos dividir em duas partes essa pergunta. Primeiro que nós estamos falando aqui bastante coisa, muita coisa numa parte futura. Nós estamos com uma gestão política muito boa, excelente, com o deputado Reichembach, os deputados da região, o deputado Traiano, o deputado Litro e outros. Mas especialmente o Reichembach que tem sido muito positivo. Estamos com uma equipe ótima, secretários ótimos. A pergunta é muito grande. Me falam que eu tenho que falar alguma coisa no sentido que estava errado. Mas eu não estou fazendo nenhuma caça às bruxas, nada. Quem me conhece sabe que eu não sou de confusão. Eu sou de ir para frente, tenho uma história com a cidade muito grande. Eu arrisco falar que se eu não fosse o Pedron, nós não teríamos muita coisa hoje em Beltrão. Eu fui convidado a ser candidato, lá em 2016, por surpresa, eu não sou da área política, sou empresário. E aceitei, exatamente por ser um desafio. Só que a atuação do vice-prefeito depende muito do prefeito. Eu vejo agora. Então, a professora Lurdinha tem me ajudado porque o prefeito concorda. Eu falei pra Lurdinha: você vai cuidar da educação junto com a Rosinha [Vandresen, secretária municipal]? Ela respondeu que sim. Perguntei: vai me ajudar quando precisa? Sim! Aceito as ideias, recebo no gabinete. Cada um tem uma forma de fazer. Nos três primeiros anos, de fato, eu participei bem. Tanto é que eu toquei toda obra da trincheira [na Rua Marília com a Avenida Natalino Faust]. Ali foi um projeto que eu coloquei no plano de governo e nós executamos. Todo o projeto da abertura do túnel do Rio Marrecas, o projeto da nova rodoviária, o projeto do hospital novo. Foi o Pedron que tocou uma série de projetos. Lembro muito bem que o prefeito, na época, disse assim: ´Pedron, você tem um ano para elaborar esse projeto´. Isso em público. E eu fui na Vigilância, fui nos órgãos públicos em Curitiba, reuni a equipe, sempre com motivação e tal. Foram inúmeras questões. Se eu andar pela cidade toda hora, lembro que isso aqui é coisa minha, isso aqui é coisa minha. Mas isso aí, dependendo do perfil do prefeito, às vezes pode incomodar, sabe? Mas eu não tinha pretensão nenhuma de ser prefeito. Talvez, provavelmente, incomodou. Daí eu comecei a perceber o isolamento”.

Pra tomar uma decisão importante, eu chamo o secretário: vamos dividir.

“De fato, as decisões, vou repetir, cada prefeito tem uma alternativa ou uma decisão. Eu não faço praticamente nada de decisões, no dia a dia, de decisões importantes, eu chamo o secretário da área. É o meu estilo. O Pedron diz assim: ´Vamos dividir a responsabilidade´. […] Com o ex-prefeito eu sempre respeitei a hierarquia. Sempre! Ninguém pode negar isso. Eu respeitei. Então, no momento que eu não participava, eu identifico que eu não tenho a responsabilidade. Mas, mesmo assim, eu sempre tive atividade muito forte na Prefeitura. De atender a comunidade, buscar projetos, de uma forma bem discreta, mas sempre tive essa participação. Isso, para mim, é uma página virada. E eu não tenho problema nenhum de falar isso. Tanto é que a opção do ex-prefeito não foi pelo vice [nas eleições de 2024]. Eu tenho um passado, tenho uma família aqui de Beltrão há muitos anos, que fez bastante pela cidade. Não é de agora. A família Pedron está aí, mas não é o nome Pedron, é o que eu fiz pela cidade. Talvez isso incomodasse. Então, como eu não tinha uma visão política, eu não entendia direito, por que que não me querem no lado? Medo que eu fosse tomar algum cargo futuro político? Eu acho que é.”

“Pedron não fecha portas”

Pedron citou o bom trânsito que tem no Governo do Estado e que os projetos elencados pela nova administração estão tramitando, muitos com prioridade – são cerca de 130 projetos em andamento. E prosseguindo, citou a paz política, conceito de administração e relação institucional que ganhou força com o ex-prefeito Vilmar Cordasso.

“Na nossa administração o Pedron não fecha a porta pra político A, B ou C. Às vezes o cara fecha uma porta pensando nele lá na frente, que se trouxer um deputado pode atrapalhar ele lá na frente; o Pedron não faz isso, abre portas porque tenho que pensar no município. Temos trabalhado com todos os deputados que se dispõem a ajudar Beltrão e nós aceitamos, eu seria irresponsável em não aceitar. Veja a Itaipu, nos ajudando com o PetScan pro Ceonc, eu vou ser idiota em não receber? Quem pensa diferente eu respeito, mas entendo que estamos fazendo não o governo do Pedron, mas da comunidade. Tomara que a gente avance neste processo e Beltrão volte a ter paz política. Pra que a gente possa fazer um trabalho consistente, com calma e com cuidado. Essas divisões só servem pra atrapalhar não o Pedron, nem o Junior [Galvão], nem o Lucas [Gomes], mas a cidade. Quando fui presidente de entidades, buscamos projetos importantes pra Beltrão e não me interessava se era o prefeito A, B ou C, mas imperava a paz política. Quando um prefeito termina o seu mandato, tem que ir pra casa, descansar, assim como foi nos últimos anos, com o Guiomar, Cordasso, Reichembach, com o Neto. Agora tem umas polêmicas que acho desnecessárias, já ergui bandeira branca um monte de vezes, mas quem perde é a sociedade. Estou animado, temos uma equipe competente, profissional, com secretários de qualidade e por isso vamos superar todos esses empecilhos, de cabeça erguida e seguindo em frente.”

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