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Francisco Beltrão
terça-feira, 24 de junho de 2025

Edição 8.231

24/06/2025

COMUNIDADE RIO TUNA

Aos 88 anos, pioneira cuida do sítio e não quer sair do interior

Belmira Passarello trata os bichos e cuida das plantas e da casa no sítio, no Rio Tuna. Foto: Reprodução/Facebook Bom Dia Rural.

JdeB – A história da dona Belmira Passarelo já foi mostrada no JdeB, na TV e rendeu até troféu em homenagem aos pioneiros. E não é pra menos: ela chegou no Rio Tuna, comunidade onde vive até hoje, em 1950 e tem uma relação exemplar com o trabalho, a família, religião e os vizinhos. Viúva há três anos, é ela quem dá conta do sítio, pequeno, mas com um pouco de tudo. “Trato os porcos, as galinhas, vaca agora não tem mais, cuido do feijão, mandioca, da horta e ainda tem as coisas de casa pra fazer”, conta a pioneira.

Quando chegou na comunidade, Belmira tinha 14 anos. Pouco tempo depois, a mãe faleceu e ela teve que cuidar dos dois irmãos mais novos. O avô e tios deram suporte, fizeram o ranchinho e permitiram que ficassem por ali, ela ia pra roça e trabalhava de igual com os homens. Dois anos depois, conheceu o Antônio – um jovem da comunidade, “pobre, mas trabalhador”, diz ela – num baile de carnaval e quatro meses depois casaram. Viveram quase 70 anos juntos e tiveram dez filhos, oito ainda vivos.

Ela sempre acompanhou o marido nas empreitadas na roça, depois que os filhos foram crescendo, mais gente ajudava. “Eu chegava a plantar quatro, cinco, alqueires de milho com a maquininha, aquela manual.” Também trabalhou na escola da comunidade. Do lugar onde criou a família ela nem pensa em sair e, mesmo aposentada, não deixa o trabalho de lado, procura se manter ativa. “O serviço não mata ninguém, tendo saúde e o que comer a gente vai em frente.”

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