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Francisco Beltrão
quarta-feira, 25 de junho de 2025

Edição 8.232

25/06/2025

FRANCISCO BELTRÃO

Consumo de água aumenta quase 10%

AEN-JdeB – O calor intenso dos últimos dias provocou um maior consumo de água, com a repetição de banhos, mais usos da água para limpeza das casas, calçadas, carros e, principalmente, o uso de piscinas domésticas.

A precipitação de chuvas de forma rápida e intensa, elevações de temperatura acima das médias históricas, com sensação térmica elevada, modificou a operação do sistema de abastecimento de água em várias cidades do Paraná.

Apesar dos investimentos frequentes e constantes na ampliação e na manutenção dos sistemas de abastecimento de água de todo Paraná, houve regiões em que os picos de elevação de consumo interferiram na operacionalização dos sistemas, provocando desequilíbrio entre a produção e a demanda de água. Ainda assim, na maior parte do Estado, os sistemas de produção e distribuição de água estão operando dentro da normalidade.

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Em algumas cidades do Estado, o consumo subiu mais de 30% em relação ao mesmo período do ano passado. Na Lapa, Região Metropolitana de Curitiba, o volume de água produzida aumentou 33%. “Isso equivale a dizer que o consumo foi como se em um dia a população da cidade aumentasse repentinamente em 5,5 mil pessoas”, destaca o gerente-geral, Fábio Basso.

Em Curitiba, por exemplo, nos dias em que as temperaturas superaram os 30°, o aumento de consumo registrado foi cerca de 10% maior. Isto significa que em um único dia, o volume de água entregue pela Sanepar nas casas dos curitibanos foi de 105 milhões de litros por dia a mais que o normalmente distribuído.

Na região

Em Francisco Beltrão, na média de consumo em fevereiro em relação ao mesmo período do ano passado, teve um acréscimo de 9%. Pato Branco houve uma pequena redução. A média de consumo de 1º a 16 de fevereiro de 2025 foi de 85 milhões de litros por dia. No mesmo período de 2024 foi de 79 milhões.

“Isto provoca um grande impacto na capacidade de produção e nos equipamentos de bombeamento de água que trabalham no limite da capacidade operacional”, completa Basso. A quantidade a mais de água distribuída seria suficiente para enfileirar 10.500 caminhões-pipa, com capacidade de 10m³, o que representa uma distância de mais 100 quilômetros.

Na região Noroeste, onde cidades como Paranavaí, Umuarama e Maringá, onde as temperaturas ficaram entre 35° e 37°, o aumento do consumo de água ficou, em média, 11% maior. Na região de Londrina, o consumo cresceu na última semana acima dos 20% em relação à média do ano passado.

“Mesmo trabalhando initerruptamente, os sistemas perdem os níveis de reservação, ficando críticos, o que impacta na manutenção da pressão nas redes de distribuição de água e que pode afetar o abastecimento em algumas regiões das cidades, especialmente, nas áreas mais altas e distantes”, informa Gil Gameiro, gerente geral da Sanepar em Londrina.

A população pode ajudar a manter a regularidade do sistema, adotando hábitos de consumo inteligentes em sua rotina de uso da água tratada. E, mesmo nas atividades essenciais, buscar horários alternativos para realizá-las, sempre que possível, evitando a sobrecarga no sistema.

A previsão de investimento da Sanepar, nos sistemas de água e esgoto, nos municípios do Paraná, é de R$ 11,8 bilhões, no ciclo 2025 – 2029.

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