
Impulsionar a liderança feminina, com reflexos na vida pessoal e, especialmente, na vida profissional. Esse foi um dos objetivos do programa Inteiras para Liderar, realizado nesta quinta-feira (8), em Francisco Beltrão, com a presença de aproximadamente 120 mulheres de diversas cidades da região. Idealizado pelo Sebrae/PR, o evento aconteceu em parceria com a Faciap Mulher, da Federação das Associações Comerciais e Empresariais do Estado do Paraná.
O Inteiras para Liderar ofereceu mais de quatro horas de atividades voltadas ao desenvolvimento das competências e habilidades para a liderança feminina, por meio de workshops, autoavaliações comportamentais, além de momentos com conteúdos remotos e mentorias.
A consultora do Sebrae/PR, Jocelei Fiorentin, destaca que o Inteiras provoca nas mulheres movimentos de mudança, tanto em pensamentos quanto em atitudes. “Temos percebido o quanto as mulheres têm ocupado posições de liderança na sociedade, empresas, política e nas famílias. Prepará-las para esses desafios é um dos propósitos do Inteiras, que traz à tona debates sobre o protagonismo feminino, conexões, boas práticas e, especialmente, inspirações que promovam transformações na nossa sociedade”, afirma Jocelei.
Capacidade feminina
A presidente da Faciap Mulher, Paolla Battistella, ressalta que a crescente conquista da liderança feminina deve ser vista a partir da perspectiva da capacidade. “Muitas vezes somos questionadas e até deixadas de lado por conta da nossa cor, raça ou qualquer outro estereótipo. A temática da liderança tem sido debatida de forma intensa em nossas 12 coordenadorias, porque acreditamos que, sim, temos a capacidade de ocupar posições de liderança, pois carregamos competências indispensáveis”, acrescenta Paolla.
Cristiane Comparin, presidente da Cacispar Mulher, da Coordenadoria das Associações Comerciais e Empresariais do Sudoeste do Paraná, destacou a importância do autoconhecimento no processo de liderar. “São mulheres de mais de 15 municípios em busca de desenvolvimento, capacitação, compreensão dos pontos positivos e daqueles que precisam ser melhorados. Mulheres que são mães, empresárias, empreendedoras, que estão em um movimento contínuo para fazer a diferença”, pontua Cristiane.
Aspectos sociais e protagonismo abordado por Rosi Neto

Rosi Neto, analista comportamental e mentora de líderes, abriu o evento provocando as mulheres com a pergunta: “Que líder você quer ser?”. “Aprimorar a liderança é buscar autoconhecimento, desenvolvimento, e saber se posicionar. Liderança envolve posicionamento, e muitas vezes isso traz impactos que precisamos aprender a lidar. Hoje é um dia para incentivá-las a buscar esse protagonismo, para que inspirem outras mulheres e gerem um grande movimento”, pontua Rosi.
Marcia Abel, neurocientista, fez uma contextualização do aspecto histórico e social, destacando a importância das vivências passadas que trouxeram as mulheres até aqui, e enfatizou que este é o momento de “voar”, de se desenvolver, promover a representatividade e gerar conexões que façam a liderança acontecer.
Para finalizar, Marina de Oliveira, consultora em oratória, falou sobre a importância do posicionamento pessoal, de como gerar valor a partir dele, promover o networking e impulsionar negócios.
Liderança e desenvolvimento
Cleidiane Krindges, participante do Inteiras e profissional da área de prestação de serviços, entende que a liderança é um processo desafiador e motivador. “Todos os dias, você precisa se remodelar, pois se relaciona com pessoas que pensam e agem de formas muito particulares. E, neste universo de liderança, ser mulher requer preparo, conhecimento e saber se posicionar”, enfatiza.
A empreendedora Rosimeri de Morais, que possui um escritório de assessoria de investimentos, entende que liderar é mudar o foco. “Hoje, eu me volto muito mais para as pessoas, para compreender como elas percebem minha liderança. Vejo isso como essencial para entender que tipo de líder eu quero ser e como posso melhorar. Compreender personalidades e temperamentos também é fundamental para se relacionar com as pessoas, especialmente dentro das diferentes gerações com as quais convivemos”, conclui Rosimeri.