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Francisco Beltrão
domingo, 15 de junho de 2025

Edição 8.226

14/06/2025

Há 80 anos, nascia a Cango, Colônia Nacional

Da Colônia Agrícola Nacional General Osório, ficou o nome Cango, um dos principais bairros de Francisco Beltrão.

A instalação da Colônia Nacional, criada em 12 de maio de 1943, deu início à formação da Vila Marrecas, futura Francisco Beltrão. O Bairro Cango deu continuidade à história da cidade. Nesses 80 anos, muitas famílias foram formadas e muitas empresas tradicionais se desenvolveram ali. O caderno especial que acompanha esta edição do Jornal de Beltrão mostra quanto os moradores da Cango gostam de seu bairro.

Francisco Ratier, o Chiquinho da Cango, com um dos caminhões da Cango que ele dirigia. Quem conta histórias dele é sua viúva, Leonora Ratier.
Inauguração da ponte de madeira sobre o Marrecas, na Avenida General Osório (ainda de chão), mostra como era a Cango de antigamente.

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Exército chegou em Beltrão para resolver conflito histórico

Soldados do Exército em trincheira cavada na Cango durante o conflito de 1957.

Um dos marcos da Cango, a sede do Exército Brasileiro marca a divisa com outro bairro da cidade, o Cristo Rei. Instalado em Francisco Beltrão desde 1957, ou seja, há 66 anos, atualmente o Esquadrão é comandado pelo capitão Rinaldo Reis de Moraes Júnior.

Crucial na Revolta dos Posseiros

Colonizada desde o fim dos anos 1940, a então Vila Marrecas, futuro município de Francisco Beltrão, protagonizou uma página da história nacional na década de 1950. Foi durante a Revolta dos Posseiros (1957) que a cidade ganhou uma unidade do Exército. A instalação se deu como uma das medidas para resolver os conflitos sobre terras e restabelecer a ordem. E acabou ficando até hoje.

Na época, o local equivalia a uma Companhia de Infantaria do 13º Batalhão de Caçadores, de Ponta Grossa. Para os historiadores e testemunhas daquele período, o Exército foi crucial para evitar derramamento de sangue em Francisco Beltrão, que foi o local da maior concentração de posseiros. Com a ajuda do Exército, as lideranças conseguiram retirar da cidade os jagunços e todos os integrantes das companhias de terra, sem permitir o confronto entre as duas partes.

 Depois, virou Segunda Companhia de Infantaria e, em 1987, transformou-se na Terceira Companhia do 33º Batalhão de Infantaria Motorizado. Desde 2000, é sede do 16º Esquadrão de Cavalaria Mecanizado, instituição com trajetória de 129 anos, originada em Passo Fundo (RS).

Em mais de uma oportunidade, o comando do Exército decidiu tirar de Francisco Beltrão sua unidade, mas a comunidade local, através de suas lideranças, se organizou e conseguiu mantê-la aqui.

Portão principal do 16º Esquadrão de Cavalaria Mecanizado, localizado na Cango e ocupando as mesmas instalações que a Colônia Agrícola Cango construiu em 1947.

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