Da Colônia Agrícola Nacional General Osório, ficou o nome Cango, um dos principais bairros de Francisco Beltrão.

A instalação da Colônia Nacional, criada em 12 de maio de 1943, deu início à formação da Vila Marrecas, futura Francisco Beltrão. O Bairro Cango deu continuidade à história da cidade. Nesses 80 anos, muitas famílias foram formadas e muitas empresas tradicionais se desenvolveram ali. O caderno especial que acompanha esta edição do Jornal de Beltrão mostra quanto os moradores da Cango gostam de seu bairro.


Exército chegou em Beltrão para resolver conflito histórico

Um dos marcos da Cango, a sede do Exército Brasileiro marca a divisa com outro bairro da cidade, o Cristo Rei. Instalado em Francisco Beltrão desde 1957, ou seja, há 66 anos, atualmente o Esquadrão é comandado pelo capitão Rinaldo Reis de Moraes Júnior.
Crucial na Revolta dos Posseiros
Colonizada desde o fim dos anos 1940, a então Vila Marrecas, futuro município de Francisco Beltrão, protagonizou uma página da história nacional na década de 1950. Foi durante a Revolta dos Posseiros (1957) que a cidade ganhou uma unidade do Exército. A instalação se deu como uma das medidas para resolver os conflitos sobre terras e restabelecer a ordem. E acabou ficando até hoje.
Na época, o local equivalia a uma Companhia de Infantaria do 13º Batalhão de Caçadores, de Ponta Grossa. Para os historiadores e testemunhas daquele período, o Exército foi crucial para evitar derramamento de sangue em Francisco Beltrão, que foi o local da maior concentração de posseiros. Com a ajuda do Exército, as lideranças conseguiram retirar da cidade os jagunços e todos os integrantes das companhias de terra, sem permitir o confronto entre as duas partes.
Depois, virou Segunda Companhia de Infantaria e, em 1987, transformou-se na Terceira Companhia do 33º Batalhão de Infantaria Motorizado. Desde 2000, é sede do 16º Esquadrão de Cavalaria Mecanizado, instituição com trajetória de 129 anos, originada em Passo Fundo (RS).
Em mais de uma oportunidade, o comando do Exército decidiu tirar de Francisco Beltrão sua unidade, mas a comunidade local, através de suas lideranças, se organizou e conseguiu mantê-la aqui.
