Fundado em 1965, o hospital tem um histórico invejável de ousadia e evolução. Em 1985, realizava os primeiros transplantes de rins na região e, em 2004, foram iniciados os transplantes de coração, tornando-se referência nacional nos serviços.

São 50 anos de história, comemorados neste ano. Foi, em 1965 que a Policlínica Pato Branco começou as atividades. Eram apenas quatro médicos, 20 funcionários e 20 leitos, uma estrutura bem mais modesta do que a conhecida nos dias atuais, que engloba mais de 9 mil metros quadrados de área física, mais de 500 colaboradores, 114 médicos, 126 leitos e 25 leitos de UTI – 13 adultas e 12 neonatais e pediátricas.
Fazer medicina naquela época era totalmente diferente do que se vê hoje. Pelo menos é o que garante o atual diretor-presidente do hospital, dr. Ivânio Guerra. “Era só no ‘olhômetro’, havia uma boa formação, havia paciência para conversar com o paciente, saber o que ele tinha, investigar o problema. E isso acontece muito pouco hoje, o paciente não tem mais o telefone do médico, antigamente a gente dava o número do telefone pra que ligasse se fosse preciso, e não tinha plantão pago, eu nunca ganhei um centavo pra fazer plantão naquele tempo”, conta o médico.
Mas, como todas as organizações que buscam o crescimento e acompanham a evolução, a direção da Policlínica nunca recusou um desafio e, com determinação e uma pitada de ousadia, fez história no cenário da Saúde do Sudoeste.
Na vanguarda do transplante renal
Em 1985, a região assistiu ao primeiro transplante renal realizado em um hospital sudoestino. Passados 30 anos daquela primeira experiência, a Policlínica já soma 744 transplantes renais realizados. Dr. Ivânio lembra-se da sensação da equipe e dos envolvidos na primeira cirurgia. “O clima de você ver pela primeira vez um transplante é fantástico, é um mérito, eu digo que você atingiu o ápice. Hoje em dia, você poder trocar um coração é incrível, olha em que nível que chegamos, isso que nos dá satisfação de trabalhar muito e fazer a coisa da melhor maneira possível, fazer treinamentos e procurar sempre a qualidade, resolutividade, atender bem o paciente e ter segurança”, enfatiza o diretor.
Pato Branco já esteve no topo da lista no ranking de transplantes renais realizados no Paraná. Atualmente, se mantém entre a segunda e terceira colocação. “O importante disso é que nós somos bem reconhecidos em Curitiba, inclusive com muitos elogios. Há 30 anos, fazer transplantes foi uma ousadia tremenda de uma equipe fantástica e muito capacitada, uma equipe que mantém uma vontade enorme de sucesso.”
Passados 20 anos daquele feito, novamente um amplo salto para a Saúde do Sudoeste. Em 2004, a Policlínica realizava o primeiro transplante de coração, sob a liderança do dr. Paulo Giublin, chefe de cirurgia cardíaca do hospital. “Aí a coisa é rápida, bem complicado. Você tem um curto prazo, enquanto isso o outro paciente está sendo preparado lá, e o órgão está em trânsito. Aquela hora que o médico vai dar o choque pro coração começar a bater, nessa hora o cara fica extasiado, e você só vê na hora se vai dar certo ou não, esse é o momento incrível. Tem uma porção de detalhes e uns são mais fáceis e outros mais difíceis, mas é um estresse permanente da equipe inteira”, relata dr. Ivânio.
Investimentos não param
Referência em cirurgia cardíaca pediátrica em todo o Brasil, além do reconhecimento de qualidade em cirurgias complexas de ortopedia, cardiologia, nefrologia e oncologia, a Policlínica Pato Branco avança em bom ritmo, suprindo as demandas da região e mantendo investimentos constantes.
Para dr. Ivânio, resolutividade é a palavra, e para isso são indispensáveis o investimento privado e o apoio e a gestão adequados do setor público também. “É importante dizer que, se a direção não tivesse acreditado e apoiado, comprado as máquinas e tudo, não teria esse serviço, porque tem que ter uma equipe qualificada e muito bem preparada. Nós somos referência nacional porque existe uma central reguladora que tem vaga e o doutor tem que aceitar ou não o paciente. E o governo também, que proporcione essas condições para que todos tenham acesso a esta assistência. Isso que eu falo que é uma questão de qualidade e resolutividade”, aponta o diretor.