Geral
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Dia 5 de junho de 1974, às oito e meia da noite, a Associação Comercial e Industrial de Francisco Beltrão (hoje Acefb) promoveu uma palestra para os associados com o gerente da agência local do Banco do Brasil, João B. Fontoura. Ao falar sobre “as grandes dificuldades do momento”, informou que “a proporção dos depósitos atualmente aqui em Francisco Beltrão é de 7,5 x 1 – 100 milhões aplicados na região e não há 7 milhões de depósitos”.
Segundo o registro da ata (não consta o nome de quem redigiu, mas naquele tempo o secretário era Gil Davóglio), a palestra “foi do agrado de todos e, como o sr. Fontoura não quis cobrar cachê algum, o sr. Alceu (Alceu Guerra, presidente da Associação) solicitou a todos que fizemos o nosso pagamento com uma calorosa salva de palmas”.
Registros como este estão sendo levantados na pesquisa que a Acefb está fazendo para um livro dos 60 anos, a ser lançado em seu 60º aniversário, dia 1º de maio de 2022. Estou participando da pesquisa, junto com o Darce, o Joares e a Carla. Quem tiver informações e fotos ligados à história da Acefb, é o momento de aproveitar para colocá-las numa publicação que será importante documento para a Associação Empresarial e o município de Francisco Beltrão.
O BB de hoje capta muito mais
Se em 1974 as aplicações (investimentos) eram de 100 milhões e a captação (depósitos) inferiores a 7 milhões, a relação ficava em 13 x1. E como está hoje esta relação?
Quem responde é o novo gerente, Ozires de Souza (ele assumiu ontem, numa troca com a Juliane Marcon Gurardi, que assumiu em seu lugar a gerência da agência de Pato Branco). Ozires faz duas ressalvas: estava em seu primeiro dia na nova agência e, ainda, “hoje o banco é todo meio segmentado”. Mas, com os dados que ele tem acesso, calcula que a relação baixa para 2×1. De cada um real que capta, aplica dois.
Esta informação confirma o que a história financeira mostra: três a quatro décadas atrás circulava bem menos dinheiro que hoje, tanto aqui como no Brasil e no mundo inteiro.
Os 60 anos da Acefb vão trazer de volta também muitos nomes que hoje nem aparecem mais na mídia e tiveram atuação importante na comunidade beltronense.