Matéria publicada originalmente na edição impressa de 21/03/2020

José Claudecir Robusto é natural de Erechim RS. Dia 17 de maio irá completar 54 anos. Ele chegou na cidade de Pato Branco em 1973 e desde os 20 anos de idade começou a trabalhar de metalúrgico. Hoje reside no Bairro Jardim Seminário, em Francisco Beltrão. O sobrenome tem tudo a ver com sua vida, Robusto. José e conhecido por seu Zé. Em sua vida ele já sofreu nove acidentes graves.
O primeiro acidente foi em 1993. Ele estava fazendo uma obra em Palmas, de estrutura metálica, quando recebeu um choque da extensão da furadeira elétrica, se desequilibrou e caiu de uma altura de 10 metros; quebrou os dois braços, a boca e a cabeça, levou um ano para se recuperar.
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O segundo acidente foi em 1999, quando capotou e destruiu um Chevette, próximo ao Detran de Beltrão. Ele caiu barranco abaixo. Nesse acidente, quebrou a boca e bateu fortemente a cabeça, ficou três dias na UTI, levou quatro meses para se recuperar.
Terceiro acidente foi em fevereiro de 2002, quando estava fazendo uma reforma no Ginásio do Colégio Nossa Senhora da Glória, em Beltrão. Ele amarrou seu cinto de segurança em uma ferragem do ginásio e não percebeu que estava comprometida e se rompeu. Caiu de uma altura de 6 metros, de nuca no chão, novamente bateu fortemente a cabeça e machucou a coluna, levou seis meses para se recuperar.
Quarto acidente foi em julho de 2004, quando teve de tombar um caminhão que ficou sem freio e estava carregado com materiais de construção. Era um caminhão cabine dupla. Estavam em cinco pessoas dentro, foi o acidente que Zé ficou mais assustado, pois seu filho Alisson de 12 anos estava junto, um dos passageiros era o pai do Parangolé, eles não se fizeram nada, só o Zé novamente bateu a cabeça e desmaiou, levou uma semana para se recuperar.
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Quinto acidente foi em setembro de 2010, caiu novamente de uma altura de 6 metros, do moinho do Antônio, em Marmeleiro. Nesse caso, sem perceber, ele cortou o cinto de segurança que o prendia e novamente bateu a cabeça, levou quinze dias para se recuperar. Zé brinca dizendo que “naquelas alturas minha cabeça já estava calejada”.
O sexto acidente foi em janeiro de 2011, ele estava trocando a cobertura da empresa Flessak no Bairro Marrecas em Beltrão, quando se sentiu mal. Após ter soltado o cinto de segurança ele sofreu um AVC e caiu de cabeça, de uma altura de 12 metros. Ficou quinze dias na UTI e só foi começar a lembrar de alguma coisa depois de noventa dias. Um ano sem trabalhar.
Sétimo acidente foi em 2015, ele estava levando a filha Amanda para se matricular no Colégio Agrícola, que era na Vila Lobos, quando perdeu o controle de um Kadette e capotou, destruindo o carro novamente. Bateu a cabeça, ficou dois dias internado em observação. A filha Amanda só teve algumas escoriações.
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Oitavo acidente foi em 2017, Zé estava levando pra Curitiba Adilson Cardoso, pai do jogador Cristian, do Atlético, e sua filha Dandara. Ele foi ultrapassar uma carreta e quando voltou pra pista caiu em vários buracos que havia no asfalto, perdeu o controle e também destruiu um Voyage 2010. Novamente bateu a cabeça, mas os outros nada sofreram.
Nono acidente foi no dia 3 de março de 2018. Zé estava fazendo um barracão no sítio de Valmir Rossi, na comunidade de Seção São Miguel, Beltrão. Estava sem cinto, resvalou e caiu de lado de uma altura de 6 metros com o tombo. Rompeu uma membrana do coração e também afetou o pulmão. Teve de ser levado às pressas para fazer uma cirurgia em Pato Branco. Até chegar lá Zé teve quatro paradas cardíacas. Depois da cirurgia, ficou dois dias na UTI.
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Os amigos do Zé dizem que gato tem só sete vidas, ele renasceu nove vezes. Outros que falam pra ele que “Deus gosta muito de você, ou ele não vai com a sua cara”. No total da família de Zé são em treze irmãos, quatro já morrerem de acidentes e todos no primeiro acidente. Depois de todos esses acidentes, Zé é uma pessoa normal.
Continua trabalhando todos os dias, só que agora com muito mais cuidado e atenção, comprou equipamentos modernos. Zé diz que sempre foi uma pessoa de muita fé em Deus, vai semanalmente na missa e agradece todos os dias por ter superado todas essas grandes dificuldades, e também agradece à professora Greiziele Cavazine.
“Ela fez um trabalho muito bom para tornar minha recuperação mais fácil. A maioria das vezes depois dos acidentes fiquei desequilibrado e comecei a jogar Badminton, assim minha recuperação era bem mais rápida. Hoje sou muito feliz, amo muito meus filhos, o Alisson, o Alessane e os gêmeos Alex e Amanda, minhas netas Nicoly e Natália.”