23.6 C
Francisco Beltrão
domingo, 25 de maio de 2025

Edição 8.211

24/05/2025

“Acho que toda mulher passou por alguma situação de preconceito”, diz Soldado Thiara

Ela trabalha há quase 11 anos na Polícia Militar.

Soldado Thiara Maria Anginoni é instrutora do Proerd e está no Batalhão de Patrulha Escolar Comunitária.

Você já sofreu algum preconceito por ser mulher? Esta pergunta é contundente para aquelas que trabalham em profissões majoritariamente masculinas, como na Polícia Militar (PM), entre elas está a soldado Thiara Maria Anginoni, que demonstra preparo para este tipo de situação.

“Na verdade, eu acho que não tem uma mulher que não sofreu algum tipo de preconceito. Acho que toda mulher, em algum momento, passa por alguma situação de preconceito. O que difere é como você leva isso. Preconceito é uma coisa inerente a algumas pessoas, alguns seres humanos. Eu tenho pra mim que, se não acrescentou em nada, fica com a pessoa que fez, não levo comigo; é aquilo de olhar, sorrir, acenar e sair”, comenta Thiara, 36 anos, que em julho deste ano completa 11 anos trabalhando na PM.

[relacionadas]
Ela acrescenta: “Tenho isso pra mim e acho que todas as policiais femininas passaram, em algum momento, algum tipo de preconceito, principalmente as primeiras que entraram na corporação. Há mais ou menos 50 anos que a Polícia Militar do Paraná começou admitir mulheres, pra nós, hoje, é mais tranquilo, mas acho que as primeiras policiais que entraram tiveram bastante dificuldade”.

- Publicidade -

Em Francisco Beltrão, a Polícia Militar conta com 105 homens e 27 mulheres, sendo 13 policiais femininas na rádio patrulha, nove no administrativo e cinco que trabalham no Batalhão de Patrulha Escolar Comunitária. No momento, Soldado Thiara é instrutora do Proerd (Programa Educacional de Resistência às Drogas e à Violência) e está no Batalhão de Patrulha Escolar Comunitária, mas já trabalhou na parte administrativa da Polícia e na rádio patrulha.

“Nosso trabalho não difere em nada do trabalho masculino; nosso treinamento, nossa escola, tudo é igual, então, o trabalho da policial feminina e do policial masculino é o mesmo, as responsabilidades são as mesmas. Na abordagem, fazer revista, tudo. Nossa preferência é fazer revista feminina, mas se acontece uma situação que a gente tenha que fazer a revista no masculino, se faz também.”

Ela conta que nasceu com vontade de ser polícia, pois nunca sequer imaginou trabalhar em algo que não fosse esta área. “Tive algumas dificuldades, tardou minha entrada, porque com 18 anos já pode entrar pra polícia, porém só com 25 anos consegui entrar, nunca me imaginei em outra profissão. Fui a primeira pessoa da família a ser policial, seguindo este caminho, há dois anos, meu primo é soldado em Santa Catarina.”

Ela é casada com o Soldado Thiago Godinho e, de certa forma, a PM acabou unindo o casal. Thiara divide a paixão pelo trabalho militar com as tarefas de mãe, dona de casa e “atleta”, já que faz musculação e pilates, para manter o condicionamento físico, assim como acontece com várias mulheres. “Pra mim, ser policial é mais que uma profissão é uma missão de vida.”

Thiara Maria Agnioni.

 

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui

Destaques