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Francisco Beltrão
quinta-feira, 29 de maio de 2025

Edição 8.214

29/05/2025

Alemão, o borracheiro que já consertou mais de 130 mil pneus

Desde 1994, Alemão guarda objetos que furaram pneus, como osso de frango, garfo, chave de carro e muito mais.

Alemão mostra objetos que furaram alguns dos milhares de pneus que consertou.

Nelson Leopoldo Donel, o popular Alemão, é o proprietário da Borracharia do Alemão, localizada há 21 anos na Avenida Attilio Fontana, no Bairro Pinheirinho, em Francisco Beltrão. Alemão é natural de Cirolar (RS) e está com 57 anos. Ele chegou ao Paraná em 1968. Aos 15 anos, começou a trabalhar de borracheiro.

Nestes 42 anos de profissão, desde o primeiro dia de trabalho, sempre foi anotando o número de pneus que consertava. Seu horário de trabalho sempre foi de segunda a sábado. Em suas contas, ele já consertou 133.140 pneus até o dia 28 de janeiro de 2021.

Em 1994, começou a colecionar os objetos que encontrava nos pneus e causavam o furo. Alemão conta que já encontrou um pouco de tudo: osso de frango, garfo, pedra, chave de carro, arame, vidro e muito mais. Sua coleção já estava em cinco mil peças e tudo em exposição na sua borracharia. No ano passado, ele jogou fora os objetos maiores porque estavam ocupando muito espaço. Mas parte da sua coleção ainda permanece na borracharia. Alemão tem mais de dois mil objetos grudados num pedaço de isopor.

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O borracheiro diz que, hoje, se depender de viver só consertando pneus, não sobrevive mais. No passado dava pra viver sossegado, pois os pneus eram todos com câmara e, praticamente, era só estrada de terra, então furava bastante pneus. Agora, é tudo pneu sem câmara e quase tudo asfalto, demora anos para furar um pneu. Pra aumentar a renda, ele também vende pneus novos e usados, rodas e bicos.

No início, era um trabalho bastante pesado e cansativo, principalmente quando ia consertar pneu de trator ou caminhão. Hoje, com essas máquinas modernas, como as que ele tem, é uma maravilha, em poucos minutos está tudo pronto.

Alemão diz que é muito feliz na profissão que escolheu, gosta do que faz e sempre agradece a Deus por nunca ter se acidentado durante o trabalho. E também agradece por ter conquistado muitos amigos através de seu trabalho. Ele mora há 27 anos no Bairro Guanabara, com a esposa, Lucia. Mais cinco anos de trabalho vai se aposentar e não pensa em parar de trabalhar.

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