Vaidosa, ela faz questão de usar roupas que evidenciem a prótese.

Aline Maas precisou amputar a perna esquerda,
após um acidente de moto, dia 4 de janeiro de 2018.
Uma calça destroyed era o desejo de consumo de Aline Maas, conhecida como Ally, assessora da Gelisa Lise Cerimonial de Eventos, 25 anos, que precisou amputar a perna esquerda, após um acidente de moto, dia 4 de janeiro de 2018. Isso porque ela faz questão de usar roupas que deixem em evidência a prótese. Quem a vê tão bem recuperada, não imagina como está sendo sua batalha, iniciando pela adaptação à prótese. Para usá-la, é preciso moldar o coto com faixa elástica.
“No começo é bem doloroso, tanto que eu ouvia de algumas pessoas que não se adaptavam com a prótese, e eu pensava ‘como que não se adapta se é voltar a andar’, mas faz muita pressão no joelho quando solta o peso na prótese, é uma parte do corpo que não é acostumada a receber esse tipo de pressão. Agora já acostumei com esse desconforto, mas no começo cada passo era dolorido e dava a impressão de que está rasgando a perna.”
Com esta experiência, ela compreendeu que algumas pessoas desistem porque não tem um acompanhamento adequado durante a fase de reabilitação. Aline destaca que, quando chegava no extremo de dor e não conseguia andar, a clínica, que é de Cascavel, intervia e mudava o procedimento. Para ela, a recuperação também se deve ao apoio dos amigos e familiares, que se envolveram numa campanha para arrecadar verba para sua prótese, além da contribuição de seu trabalho, uma motivação a mais.
“Consegui fazer minha prótese graças à campanha, porque é um investimento muito alto. Custou R$ 24 mil de início, agora pra manutenção eu tenho mais alguns gastos. Na última semana, eu investi quase R$ 2 mil numa peça que precisou trocar.” Além disso, há a troca do liner da prótese, que dura de 8 a 12 meses e custa R$ 2.800. O liner é uma meia de silicone, grossa, que veste na perna e segura a prótese. “Ela tem um pino embaixo e esse pino segura a prótese, esse é o liner que eu uso, uso o sistema de pino, existem outros sistemas de encaixe de próteses.”
Aline faz fisioterapia, que na verdade é um treino funcional, uma vez que a parte muscular de glúteo e coxa esquerda atrofiou bastante, então precisa fazer exercícios específicos pra atingir essas áreas e reativar os músculos. Os treinos também ajudam a melhorar a postura e a marcha ao caminhar, reflexos que foram perdidos no período de adaptação.