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Ana e o pai, Sady: tratamento do câncer ajudou a reforçar o vínculo familiar.
Foto: Arquivo pessoal
Uma pequena alteração na mama foi o primeiro indício que levou Ana Claudia Biezus a procurar ajuda médica. Da consulta com o especialista, ela foi encaminhada para uma ultrassonografia e depois para uma biópsia que indicou a existência do nódulo no seio.
Ao longo de um ano, Ana Claudia fez recorrentes viagens à Cascavel para o tratamento com quimio e radioterapia, teve que abandonar a faculdade e deixou de trabalhar, mas o que seria o pior período de sua vida se transformou num momento de aproximação com o pai, que a acompanhou em todo o tratamento. “Foi ele que me acompanhou para receber o resultado, ia nos exames, em todo o tratamento, me cuidava em casa… enfim, foi a época em que descobriu meu pai de verdade. Enfrentar a doença mudo completamente nossa relação”, conta.
Antes de descobrir o câncer, Ana e o pai, Sady já tinham uma relação próxima, mas os pais eram divorciados a as visitas e encontros não eram tão constantes. A descoberta de um câncer de mama pela madrasta de Ana no mesmo período em que enfrentava a doença exigiu ainda mais do seu Sady. “O cuidado que ele teve com ambas foi fundamental”, diz.
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Ana descobriu o câncer em dezembro de 2011 e ainda hoje precisa tomar medicação e fazer exames com regularidade. A forma com que ela lidou com a doença, na sua visão, foi fundamental para superar as dificuldades do momento: “antes mesmo de pegar o resultado do exame já estava ciente do que poderia ser e durante todo o tratamento sempre procurei ser otimista, dedicar o tempo que tinha para cuidar de pessoas próximas, raspei logo o cabelo e enfrentei o momento sem me lamentar”.
Porém, Ana reconhece que poderia ter antecipado a descoberta e hoje percebe a importância dos exames preventivos. “Ainda consegui identificar o nódulo num estágio não tão avançado e menos de 20 dias depois de descobrir já estava realizando a primeira sessão, mas agora vejo a importância de fazer o autoexame, algo tão simples, mas que acabamos esquecendo”.