“Lembro de que ouvi minha filha Mariana falar para eu não desistir, e eu não desisti”

Dia 7 de abril será mais uma data de comemoração para a família Gaglioto, foi quando o empresário Dirceu Luiz Gaglioto, 58 anos, ganhou alta, após 32 dias de internação na Policlínica São Vicente de Paula. Foram 14 dias de intubação e 19 dias de UTI. As palavras de ânimo da esposa Ivaneide Rovani Gaglioto e das filhas Mariana Rovani Gaglioto, 31 anos, e Gabriela Rovani Gaglioto, 27 anos, foram seu maior incentivo.
Encontrar a família e, em especial, o netinho Jorge Antônio Gaglioto Pinto, 1 ano e 10 meses, está entre os momentos mais marcantes de voltar para casa. Confira a entrevista concedida com a colaboração de Ivaneide, já que Dirceu ainda está um pouco debilitado.
JdeB – Neste período, quais os momentos mais complicados?
Dirceu Luiz Gaglioto: São poucos os momentos de lucidez, tive a impressão de que sofri um acidente de avião e estava preso debaixo de uma das asas. Lembro de tentar pedir ajuda e ninguém me ouvir. Lembro de que ouvi minha filha Mariana falar para eu não desistir, e eu não desisti! Quando saí da UTI e fui para o quarto, tinha a impressão de que tinha feito uma cirurgia nas pernas, demorou um pouco para eu entender o que havia realmente acontecido comigo.
Como foi a reação da família?
Mariana Rovani Gaglioto: Para a família foram momentos angustiantes e de impotência, desde o primeiro dia de internação. Ficamos muito tristes quando divulgaram a falsa notícia de falecimento dele. Já estávamos passando por um momento complicado, e isso nos abalou muito. Mas, mantivemos a fé e nunca deixamos de acreditar na recuperação dele. Foi de extrema relevância e de uma humanidade sem precedentes o atendimento que meu pai e minha família receberam durante todo o momento em que meu pai esteve na UTI. Somos eternamente gratos aos médicos, fisioterapeutas, enfermeiros, técnicos e psicólogo por todo cuidado e assistência.
Como está se sentindo? Quais as sequelas neste momento?
Estou me sentindo bem, feliz de estar com a família e em casa, e muito agradecido por esta nova vida. Algumas das sequelas temporárias é que ainda não consigo ficar em pé, nem caminhar ou comer sozinho. Mas, mesmo assim, sou grato por ter sobrevivido, um dia de cada vez irei me fortalecendo. O mais importante agora eu consigo fazer sozinho, sem ajuda de máquinas, que é respirar. Gostaria de aproveitar e agradecer a todos os meus amigos, familiares e até mesmo os desconhecidos que torceram e oraram pela minha recuperação.