Construtora também prevê contratar detentos da PEFB para trabalhar na obra.

Nas próximas semanas o ritmo de trabalho no canteiro de obras do novo Fórum de Francisco Beltrão deve se intensificar. A construtora responsável pela execução do prédio está com 30 trabalhadores atuando em diferentes serviços e deve contratar mais dez na semana que vem. A empresa também firmou contrato com o Depen (Departamento Penitenciário) para utilizar mão de obra de detentos da Penitenciária de Beltrão, somando mais 15 trabalhadores.
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“A utilização de funcionários do sistema prisional, com pagamento de salário e redução de pena, para aqueles que se enquadram e tenham vontade, já é realizada pela construtora numa obra em Londrina e vamos colocar em prática aqui também”, descreve o engenheiro civil Nilton José Rodrigues, gestor da obra. A necessidade de mais funcionários ocorre diante da abertura de novas frentes. A obra está atrasada porque houve a necessidade de ajustar o projeto de fundação, com a construção de blocos maiores e mais profundos devido ao tipo de solo encontrado na área.
Nilton explica que, pelo cronograma, já era pra fundação estar totalmente concluída e os trabalhos voltados ao escoramento do primeiro pavimento, mas está em cerca de 60% da fundação. A falta de aço em novembro e dezembro de 2020 e as chuvas de janeiro também prejudicaram o cronograma. A expectativa agora é de que o ritmo de construção acelere.
Além das contratações já mencionadas, a Construtora Salver deve chamar mais funcionários conforme novas etapas sejam iniciadas, com previsão de chegar a 100 o total de trabalhadores no canteiro, todos de Francisco Beltrão. “A construtora tem o maior interesse para que as obras avancem dentro do cronograma, sempre disponibilizando material e pessoal; agora vamos buscar recuperar o atraso, podendo o número de funcionários até ultrapassar o previsto”, detalha Nilton.
Conclusão em 2022
O novo Fórum está sendo construído numa área próxima à Madeireira Camilotti, Bairro Kennedy. Orçado em R$ 35,5 milhões, o prédio terá subsolo e mais quatro pavimentos, além do estacionamento externo, somando quase 13 mil m² de área construída. A obra iniciou em outubro do ano passado e, pelo edital, deve ser concluída até abril de 2022.

Moradores pedem melhorias no acesso à obra
O acesso de máquinas e caminhões ao canteiro de obras do Fórum é feito por uma via de extensão da Rua Guanabara, aberta ainda na fase de movimentação de terras. Futuramente a área será asfaltada e urbanizada para dar acesso aos estacionamentos do prédio, mas por enquanto não está pavimentada, o que vem gerando reclamação de moradores.
O casal Soeli e Vital Amorim procurou o JdeB para apontar um problema neste local: a movimentação de veículos pesados tem levado terra da via de chão para a Rua Guaporé, de asfalto. “Como tem muito carro que passa aqui, agora, levanta poeira quando tá seco e quando chove vai sujando a rua por causa do barro”, dizem os moradores, que residem no local há quase 40 anos. Eles afirmam que as obras do entorno vão dar uma nova cara para a área que pertencia à Camilotti, mas já procuraram a construtora e a Prefeitura para resolver a situação da sujeira.
Nilton Rodrigues, gestor da obra, disse ao JdeB que o município chegou a cascalhar uma parte da via para evitar o barro e pediu a compreensão da população que mora do entorno enquanto a construção prosseguir.
