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Comerciantes e empresários de Salto do Lontra ainda veem 2021 com um pouco de desconfiança, por isso alguns estão mais prudentes, enquanto outros têm uma postura mais otimista em relação ao ano. É o caso de Ivanete da Rosa Boligon, gerente da Metalúrgica e Vidraçaria Boligon, especializada na construção de grandes barracões, e que sente o mercado se normalizar após um ano de turbulências.
“Em nosso setor, tivemos muitas altas de preços de material e prazos maiores para receber matéria-prima, o que travou um pouco os pedidos, mas agora já temos um início de ano bom em movimentação e com os prazos de entrega reduzindo”, explica Rosa.
A falta de material e o aumento de custos também impactaram a produção de estofados da Kolonetz. Em 2020, a indústria só não vendeu mais devido à escassez de matéria-prima; agora, é a baixa das vendas que faz a empresa ver o ano com mais cautela. “Até tinha perspectiva de contratar mais, mas deu uma parada nos pedidos e não repus funcionário que saiu porque ainda está tudo meio incerto”, comenta o gerente Rodolfo Kolonetz.
Para Fabricio Gustavo Rachele, presidente da Aceslo, associação empresarial que congrega Salto do Lontra e Nova Esperança do Sudoeste, o cenário é otimista por uma série de fatores: “Assim que a vacinação se intensificar e saírem as incertezas causadas pela Covid, se os juros se mantiverem baixos e houver avanço das reformas administrativa e tributária, teremos um cenário de credibilidade e injeção de recursos no mercado”. Fabrício cita que, no município, muitas empresas se adequaram – tanto financeiramente como na produção – para enfrentar a pandemia e que o lokcdown foi temporário: as empresas permaneceram abertas ao longo do ano, seguindo protocolos de prevenção.
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