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Com a chegada da pandemia muitos setores foram afetados, mas o principal deles é o de eventos. Em todo o País os prejuízos estimados já ultrapassam os R$ 270 bilhões e, de acordo com a Associação Brasileira de Promotores de Eventos, mais de 580 mil empregos foram perdidos.
No fim do ano passado o segmento via com otimismo a possibilidade do retorno às atividades, mesmo que parciais. Mas o novo aumento de casos foi um balde de água fria, impedindo a retomada, e agora por tempo indeterminado novamente. Preocupado com o segmento que gera emprego e renda para centenas de famílias pato-branquenses, a Associação Empresarial de Pato Branco (Acepb) promoveu um encontro com empresários do setor.
Participaram da reunião o presidente da entidade, Roberto Elias da Silva, e o diretor do Projeto Empreender, Alexandre Felipe Milani Rech. O presidente da Acepb, disse que é preciso ações efetivas para estas empresas não desaparecerem de forma definitiva. “As empresas precisam de ações práticas como linhas de crédito, e uma nova avaliação que permita o retorno gradual, observando-se as normas de segurança sanitárias.”
Roberto Elias disse que entende a necessidade de medidas restritivas para enfrentar a pandemia, mas o segmento de eventos precisa de socorro imediato. Os empresários do setor, presentes no encontro, disseram que a área envolve planejamento e investimentos feitos com antecedência. Não é possível mensurar as perdas em Pato Branco, mas as cifras são gigantescas, com faturamento zero desde o início da pandemia em março do ano passado.
Perdas de R$ 270 bilhões Segundo informações da Câmara dos Deputados, em Brasília, que ouviu o segmento, os prejuízos em um ano ultrapassam os R$ 270 bilhões no País. O setor já desempregou mais de três milhões de brasileiros, e os empresários pedem a aprovação, pela Câmara, do projeto de lei que cria um programa emergencial de retomada e facilitação do parcelamento das dívidas de impostos.
Em Pato Branco a Associação Empresarial também reivindica linhas de crédito a juros menores para o setor enfrentar a crise. O segmento de eventos representa 13% do Produto Interno Bruto (PIB) e tem 60 mil empresas que dependem diretamente da realização de eventos para funcionar, além de dois milhões de microempresários.
Em Pato Branco não há informações sobre o número real de pessoas ligadas ao setor, mas a média segue a nacional. Roberto Elias da Silva lembrou que uma formatura pode parecer algo simples, mas faz o dinheiro circular, desde o salão de beleza no bairro, a loja de vestidos, microempresários da fabricação de alimentos, supermercados, músicos, empresas de aluguel de equipamentos, decoradores, clubes. “É um microssistema econômico muito importante para Pato Branco, o Paraná e o Brasil”, finalizou.