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Diretores de três associações de transportes rodoviários de Francisco Beltrão são contrários a algumas das alterações propostas para o Código Brasileiro de Trânsito (CTB) divulgadas nesta semana pelo presidente Jair Bolsonaro (PSL). Estas alterações terão de ser votadas e aprovadas pelo Congresso Nacional.Diretores de três associações de transportes rodoviários de Francisco Beltrão são contrários a algumas das alterações propostas para o Código Brasileiro de Trânsito (CTB) divulgadas nesta semana pelo presidente Jair Bolsonaro (PSL). Estas alterações terão de ser votadas e aprovadas pelo Congresso Nacional.
Exame toxicológico
Está em vigor desde setembro de 2017 a exigência do exame toxicológico para os motoristas profissionais de veículos de pequeno e médio portes, de ônibus urbanos, metropolitanos e rodoviários e cargas em geral. Pela proposta de Bolsonaro, o exame deixaria de ser exigido. José Veroneze, presidente da Associação dos Transportes Leves do Sudoeste do Paraná (ATLS), disse que “eu, particularmente, acho interessante. Teria que continuar. Mas o preço do exame é muito alto. Deveriam negociar com os laboratórios pra baixar um pouco o valor”.
Loreni José Migon, supervisor da Associação dos Transportadores de Beltrão (ATB), também não gostou da mudança. “Eu não sou muito a favor, principalmente do exame toxicológico. Tem que manter”, opinou. Vilson Madruga, vice-presidente da Associação dos Transportadores Autônomos de Francisco Beltrão (ATAFB), também defendeu a manutenção do exame toxicológico. Em síntese, ele argumentou que “a [medida] dos pontos tá certa, o restante tem que deixar”.
Aumento dos pontos
O Código de Trânsito permite até 20 pontos de infração de trânsito por ano na Carteira Nacional de Habilitação (CNH). Este ponto vale para todos os motoristas, indistintamente. Os três diretores de associações concordam com esta mudança.
“Pro caminhoneiro, só 20 pontos é pouco, concordo plenamente [com a alteração]”, opinou Veronese.Loreni defende que o aumento da pontuação para 40 por ano seja permitida apenas para os motoristas que comprovem que trabalham com vans, ônibus e caminhões. “É pra quem usa pra trabalho”, sublinha. Vilson alega que 20 pontos para os motoristas de caminhão “é muito pouco”.
José Veronese considera importante manter os cursos de reciclagem para motoristas que trabalham com o transporte de cargas perigosas e as de alto valor. Vilson considera importante aumentar o número de pontos porque só com 20 “é pouco pros caminhoneiros”. Se completar 20 pontos de infrações num ano, o motorista tem que parar de trabalhar e fazer o curso de reciclagem.
Vilson observa que o dono do caminhão pode deixar o caminhão parado ou pode pegar outro condutor, que às vezes não conhece bem ou não tem muita confiança nele, até que o seu motorista titular termine o curso e volte para o trabalho.