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Francisco Beltrão
quinta-feira, 29 de maio de 2025

Edição 8.214

29/05/2025

Aumento nos preços da energia preocupa setor produtivo da região

Geral

O aumento na tarifa de energia elétrica anunciado pelo governo terça-feira, 31, preocupa os empresários do setor industrial do Sudoeste do Paraná. O governo não teve outra alternativa diante da grave crise hídrica que afeta a produção de energia elétrica das usinas em diversas regiões brasileiras. Apesar do aumento, muitas empresas começaram a antecipar os aumentos da energia elétrica e instalaram equipamentos de energia solar — fotovoltaica — e estão conseguindo reduzir os custos com este insumo. Ademar Pastre, coordenador do Arranjo Produtivo Local (APL) das Indústrias de Utensílios Domésticos do Sudoeste, e diretor da Alumínios Lumi, de Francisco Beltrão, comenta que “na realidade, esse aumento está afetando diretamente nos custos fixos das empresas não só de alumínios”. Mas ele conta que muitas empresas do segmento estão investindo na implantação de placas de energia solar “pra tentar reduzir os custos internos”.

Ademar acrescenta que o aumento na tarifa elétrica acaba afetando diretamente no custo dos produtos. Rivelino Isotton, das Massas Isotton, de Beltrão, diz que no mês passado pagou quase R$ 10 mil de energia elétrica. “Agora eu não sei como que vai ficar. Tem que cuidar nas próximas faturas”, ressalta. A indústria de massas também gasta bastante com gás GLP. Por semana são usados cinco a seis botijões de 13 quilos (P13) e mais três P45 por mês.

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“É um gasto, a gente tem que vender bastante [pra fazer o giro]”, diz. O empresário planeja investir numa nova sede para sua indústria de massas e, juntamente, vai instalar placas solares. Altair Pardal Guindani, diretor da Recapadora Pardal, de Beltrão, diz que a energia solar já está suprindo 80% da necessidade da empresa. A instalação dos equipamentos de energia fotovoltaica ocorreu há seis meses. Mas nos meses de inverno, por ter menos quantidade de sol, a empresa usou um pouco mais de energia elétrica. De acordo com Pardal, deu uma média de R$ 6 mil a R$ 7 mil de fatura. Com a chegada da primavera, o empresário diz que a tendência é de aumentar a produção de energia solar e reduzir o consumo de energia elétrica. 

Verê e Marmeleiro
O Laticínio Alto Alegre, de Verê, está comprando energia elétrica no mercado livre. Lino Zeni, diretor da agroindústria, acredita que o Alto Alegre não vai sofrer com o aumento no custo da energia elétrica. “Se a gente não tivesse [essa compra do mercado livre], o custo seria mais alto”, ressalta. A direção da indústria já está pensando também em investir em placas de energia solar para reduzir ainda mais os custos com energia. Darci Casali, da Casali Alumínios, de Marmeleiro, instalou há tempos energia solar na empresa. Mas a produção desta energia não está suprindo toda a necessidade da indústria. Darci disse já ter percebido o aumento na conta de energia elétrica. Por isso, ele pensa em ampliar o número de placas solares. 

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