21.4 C
Francisco Beltrão
segunda-feira, 16 de junho de 2025

Edição 8.226

14/06/2025

Automáticos conquistam o mercado, mas câmbio precisa de manutenção

Verificação e troca do fluído é um dos únicos cuidados que o componente precisa e garante a longevidade da transmissão

Bruno De Bona, da Automix Centro Automotivo, é especialista em manutenção de câmbios automáticos.

O câmbio automático vem ganhando a preferência e confiança dos consumidores brasileiros. O componente deixou de lado a aversão dos motoristas — tinha fama de aumentar o consumo, custava bem mais que o manual e era difícil de encontrar mão de obra especializada — e já está presente em mais da metade dos veículos novos vendidos no País. Isso porque as transmissões automáticas atuais se tornaram acessíveis, confiáveis, econômicas e com mais oficinas especializadas, mas a comodidade do câmbio contrasta com a necessidade de alguns cuidados a mais.

Uma das únicas manutenções preventivas que as transmissões automáticas precisam é a troca do fluido. Apesar de alguns manuais das montadoras de veículos dispensarem a substituição do óleo. Bruno De Bona, da Automix Centro Automotivo, explica que ela deve ser feita para evitar desgastes e prolongar a vida útil do componente.

“O câmbio também sofre desgaste conforme o uso, as próprias impurezas que a transmissão gera vão ficando misturadas com o fluido, e isso forma uma espécie de lixa, microrresíduos de disco que vão circulando na transmissão, agravando o desgaste prematuro”, comenta. De Bona cita o exemplo do Renault Fluence, cuja fabricante da transmissão (Jatco) recomenda a troca a cada 50 mil km.

- Publicidade -

Diferente do óleo do motor, o fluido de câmbio tem uma durabilidade maior e especificidades próprias. Bruno indica que a cada 50 mil km seja feita uma avaliação. Na Automix, o procedimento é realizado com um equipamento de diagnóstico e testes de rua que verificam se há superaquecimento ou patinação de marcha. Depois, uma amostra do fluido é retirada e analisada. Se for necessária a troca, ela é feita utilizando um equipamento de diálise: o óleo novo vai entrando e o velho vai saindo ao mesmo tempo.

“Antigamente, a troca era por gravidade, abrindo o bujão do cárter e tirando só uma parte do fluido e substituindo pelo novo. Com a máquina, a gente consegue fazer uma limpeza interna na transmissão, tira aquelas impurezas mais grossas, faz a troca e fica 100% novo o óleo dentro da transmissão”, explica.

Apesar de mais complexo que um câmbio manual, esta é basicamente a única manutenção preventiva que a transmissão automática demanda — alguns modelos também pedem a troca do filtro. E o custo do processo é bem menor que a substituição de peças e componentes do câmbio. Bruno comenta que adiar a troca do fluido pode ir comprometendo o funcionamento e a vida útil da transmissão.

Um reparo no componente, com peças originais e mão de obra especializada, custa, em média, R$ 9 mil. “Nós temos máquinas e equipamentos apropriados, os manuais para cada modelo de veículo, e tudo isso é importante, porque na transmissão existem muitas peças e ajustes de montagem milimétricos”, finaliza.

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui

Destaques