O desempenho de Pato Branco no mesmo período ficou abaixo do esperado.
Só Francisco Beltrão, entre os quatro maiores municípios do Sudoeste do Paraná, teve saldo positivo de empregos no mês de novembro. Os dados foram divulgados ontem, 18, pelo Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) do Ministério do Trabalho. Foram contratadas 887 pessoas e demitidas 837, contabilizando 50 novas vagas. No mesmo período Pato Branco teve saldo negativo de 38 empregos, Dois Vizinhos de 49 e Palmas 7.
Segundo os dados do Caged, em novembro foram criados no Paraná 4.860 empregos celetistas, equivalente ao crescimento de 0,17% em relação ao estoque de assalariados com carteira assinada do mês anterior. Os setores de atividade que mais contribuíram para este resultado foram Comércio (+6.642 postos) e serviços (+2.983 postos), cujos saldos superaram principalmente a queda do emprego da indústria de transformação (-2.631 postos) e da construção civil (-1.615 postos).
Em Francisco Beltrão o desempenho ao longo do ano é bastante positivo. Desde janeiro, foram gerados 1.499 novos empregos. O setor que mais contratou foi o de serviços com 666 vagas, seguido pelo comércio 391 e construção civil 220. O crescimento no período foi de 6,42%. O contrário acontece com o município de Pato Branco, que vem registrando sucessivos saldos negativos nos últimos meses.
Do começo do ano para cá, foram admitidos 15.945 trabalhadores e demitidos 15.310, saldo de 635 empregos (2,41%). Porém, nos últimos 12 meses, Pato Branco tem um desempenho abaixo do esperado. São apenas 140 novas vagas (0,54%). No mesmo período, Francisco Beltrão criou 1.172 vagas (4,95%).
Apesar do saldo negativo em novembro, Palmas se mantém como o município com maior crescimento percentual ao longo de 2014. O setor produtivo admitiu 6.357 pessoas e demitiu 5.772, ou seja, teve saldo positivo de 585 (6,33%). Dois Vizinhos também se destaca. As contratações somam 6.065 e as demissões representam 5.437, saldo de 628 (5,23%).
Geração de vagas no país em novembro é a menor para o mês desde 2008
A geração de 8.381 postos de trabalho em novembro foi o pior desempenho do país na criação de vagas desde 2008. Naquele mês, com a chegada da crise financeira internacional, de acordo com a série histórica sem ajuste do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), o saldo foi negativo em 40.821 vagas.
Em novembro de 2014, a indústria foi um dos setores que mais demitiram, com 43.700 cortes de postos de trabalho. A indústria química puxou cortes, com redução de 8.530 vagas, seguida pelo segmento têxtil, que fechou 7.177 postos.
Na agricultura, o terceiro setor que mais demitiu em novembro deste ano, totalizando enxugamento de 32.127 postos, o segmento do cultivo da cana-de-açúcar liderou as demissões. O setor sucroalcooleiro demitiu 14.273 pessoas no mês passado. Já entre as regiões, o Centro-Oeste foi a que mais demitiu: 14 506 cortes. A maior parte das vagas eliminadas na região foi no setor de construção civil, que demitiu 10.437 trabalhadores em novembro. No país, a construção foi o segmento econômico que mais dispensou trabalhadores, registrando um saldo negativo global de 48.894 postos.
O Sudeste encerrou novembro com saldo negativo de 8.558 vagas, seguido pela região Norte, cujo saldo também foi negativo em 4.018 vagas. O aumento de emprego no país em novembro foi puxado pelos desempenhos positivos do Sul, que teve saldo positivo de 24.232 vagas, e do Nordeste, com 11.231 postos.