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Francisco Beltrão
quinta-feira, 29 de maio de 2025

Edição 8.214

29/05/2025

Beltrão teve voluntária no encontro dos povos

 

A corintiana Andréia Muller e seus amigos cantaram a
música “Eu, sou voluntário, com muito orgulho, com
muito amor” no encerramento das atividades, em Curitiba.

 

Cedo pra saber se o Brasil sediará sua terceira Copa do Mundo. O que é fato é que o próximo mundial acontece na Rússia em 2018. 
Voltando para 2014, números oficiais revelam: a Copa no Brasil fechou com 152.101 voluntários do Programa de Voluntários da Fifa. De Francisco Beltrão, a bancária Andréia Aparecida Muller sentiu de perto as emoções de trabalhar nos quatro jogos da Copa realizados em Curitiba. Torcedora do Corinthians, Andréia explica como representou o Sudoeste na competição. “Quando o Brasil foi eleito para sediar a Copa, senti o desejo de participar de alguma forma, a princípio, como espectadora, mas quando vi na internet as inscrições para voluntário, pensei: posso fazer um pouco mais, estar mais próxima da Copa, nos seus bastidores”, relata.

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E para fazer bonito, Andréia realizou todos os treinamentos pela internet e também presenciais na capital paranaense. “Trabalhei no setor de serviços ao espectador com cerca de 300 voluntários. Nossa equipe foi responsável pela entrada número 3, organizando a fila e o raio-x. A gente informava onde se localizavam as demais entradas do estádio e qualquer outra informação solicitada.

Quando o jogo começava, entrávamos no estádio e ficávamos nos vomitórios (corredores de entrada que davam acesso aos assentos dos torcedores). Outra função foi colaborar com os seguranças, orientando os espectadores para não entrarem com garrafas e não ficarem parados nos corredores. No intervalo do jogo, organizávamos a fila nas lanchonetes e no fim do jogo, sinalizávamos a saída aos torcedores.”
 
Idioma

“Não falo fluentemente em inglês, mas fiquei impressionada com muitos estrangeiros que falavam ou compreendiam palavras em português. E quando eu não entendia, solicitava a ajuda de algum colega.”
 
Despesas
“A hospedagem, despesas com passagens durante os treinamentos presenciais e período da Copa foram por nossa conta. Para trabalhar, ganhamos o uniforme, alimentação e transporte nos dias dos jogos. O uniforme a gente trouxe pra casa e ganhamos um Fuleco (mascote da Copa), uma medalha e um certificado de participação. Para os amigos comprei alguns Fulecos e chaveiros.” Andréia é descendente de alemães e participou de outros projetos voluntários. Nesta Copa ela não conheceu nenhum jogador ou técnico de seleção. “Pude vê-los apenas dentro do campo. Achava que Brasil e Argentina decidiriam o título, mas como não deu, Alemanha e Argentina será uma grande final, e vou torcer para a Argentina”, sorri.

E num evento onde pessoas de várias culturas, raças e crenças interagem praticamente ao mesmo tempo, o contato com estrangeiros é inevitável. Histórias que ficam eternizadas na memória de quem fez parte dessa grande festa. “Viajei para o Nordeste uma semana antes de a Copa começar. Pelos aeroportos que passei, era lindo ver tantas pessoas com línguas diferentes. Em Curitiba havia um clima diferente. Nas ruas não sabíamos dizer quem era brasileiro ou estrangeiro. As pessoas paravam para conversar, tirar fotos, foi uma das melhores experiências da minha vida, difícil de explicar o que sentimos.”
 
Olimpíadas do Rio 

As obras para as Olimpíadas do Rio de Janeiro – 5 a 21 de agosto de 2016 – já iniciaram. E vai precisar de voluntários. Andréia está atenta mais uma vez. “No mês que vem abrem as inscrições para as Olimpíadas. Eu e meus amigos da equipe dessa Copa pretendemos nos inscrever. Essa Copa despertou ainda mais a vontade de ser voluntária e o desejo de me preparar melhor.”

Descendente de alemães, Andréia (com torcedores da Austrália)
vai torcer para a Argentina na final de hoje.

 

 

 

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