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Como prêmio de consolação, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) discute oferecer um cargo no Poder Executivo ao general Eduardo Pazuello, que deixará o comando do Ministério da Saúde nas próximas semanas. Segundo assessores presidenciais, o assunto já vem sendo tratado entre Bolsonaro e Pazuello. A hipótese mais provável é um posto de assessor especial da Presidência da República, posição que chegou a ser oferecida, mas acabou recusada, pelo ex-chefe da Secom (Secretaria Especial de Comunicação Social) Fabio Wajngarten.
O presidente também considera a possibilidade de o militar ser acomodado em outras estruturas do Palácio do Planalto, como em postos de assessoria do GSI (Gabinete de Segurança Institucional) ou da SAE (Secretaria de Assuntos Estratégicos). O entorno do general, contudo, defende que ele assuma um posto de mais prestígio, como a presidência de uma autarquia federal. Uma das empresas citadas por aliados do militar é Itaipu. Ela era gerida pelo também general Joaquim Silva e Luna, que foi deslocado recentemente para a Petrobrás.
A informação de que Pazuello deve assumir um cargo no governo foi confirmada por assessores próximos ao ministro. Segundo eles, Pazuello vai ganhar uma “surpresa muito boa” e deve ocupar outro cargo a convite do presidente. Os detalhes ainda devem ser acertados entre Bolsonaro e Pazuello. Inicialmente, o grupo do ministro diz que a medida ainda está em estudo, mas nega se tratar de retorno ao Exército. A previsão, apontam, é que seja um cargo no Palácio do Planalto.