
Danilo Rufatto viu de perto a
evolução das máquinas e o salto da produção.
Está aí um bom exemplo que faz jus ao dito popular “tamanho não é documento”. Bom Sucesso do Sul está entre os cinco menores municípios do Sudoeste paranaense em população, com apenas 3.368 habitantes, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) referentes a 2014. Dos 42 municípios, é o 38º colocado nesse índice. A área física do município é de 195 quilômetros quadrados, pouco mais de um quarto da área total de Francisco Beltrão (738 km2). É menor que o município de Manfrinópolis, por exemplo, que está atrás de Bom Sucesso na tabela populacional – com 3.003 habitantes -, mas tem área total de 216 km2.
Se, populacionalmente e territorialmente, Bom Sucesso do Sul não tem expressiva representação, quando o assunto é Valor Bruto de Produção (VBP) per capita, deixa muitos para trás – inclusive Pato Branco, Beltrão e Dois Vizinhos. De acordo com dados do Departamento de Economia Rural (Deral), referente à safra 2012/2013, o VBP de Bom Sucesso foi de R$ 194,7 milhões, o equivalente a R$ 59,1 mil per capita. Sob os mesmos parâmetros, Pato Branco registrou R$ 6,1 mil per capita, Francisco Beltrão ficou com R$ 8,6 mil e Dois Vizinhos, com R$ 19,6 mil. Palmas tem a pior distribuição, com R$ 4,3 mil.
Quando o assunto é produção e produtividade, novamente Bom Sucesso aparece em evidência. Com base nos relatórios da safra 2012/2013, o município teve a melhor média de produtividade de milho da região, com 11.032 quilos por hectare – equivalente a 184 sacas por hectare ou 445 sacas por alqueire. E ainda é o 3º maior produtor de feijão do Sudoeste, com 11.400 toneladas.
A confirmação de quem vive o dia a dia
Para o agricultor e vereador Danilo Rufatto (DEM), que reside há 53 anos no município, a evolução é notável e todas as atividades agrícolas se desenvolveram significativamente nos últimos anos. “Lá por volta de 1975, nós compramos o primeiro trator a iniciamos o plantio de soja. As primeiras lavouras produziram 100 sacas por alqueire. Isso foi extraordinário para a época. Hoje, se der só isso, o agricultor cai em lágrimas. As nossas lavouras mais recentes chegam a produzir perto de 200 sacas por alqueire. A coisa mudou muito, evoluiu demais. Temos máquinas disponíveis no campo que só faltam falar, porque o resto faz tudo”, conta o produtor.
Atualmente, ele cultiva a cada safra cerca de 70 alqueires de soja, 15 alqueires de milho, 50 alqueires de feijão e outros 50 de trigo. Rufatto reconhece a importância do agronegócio para o desenvolvimento da região e, principalmente, de seu município. “No caso de Bom Sucesso, um município pequeno, é produtivo uma barbaridade. Se você for observar, a produção que sai daqui é extraordinária. É uma agricultura muito bem planejada e o pessoal investe mesmo. Nossa região depende muito do produtor, e ele não pode ter medo de investir e se dedicar à lavoura”, comenta.